O movimento político equatoriano Construye anunciou que Andrea González Nader será a sua candidata às presidenciais de 20 de agosto, substituindo Fernando Villavicencio, assassinado na quarta-feira à saída de um comício.

Andrea González Nader era até agora candidata a vice-presidente de Villavicencio, pelo que a alteração tem de ser validada pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE).

A lei equatoriana determina que "as candidaturas a cargos de eleição popular, uma vez qualificadas e registadas, não podem ser renunciadas".

Segundo a imprensa do país, o partido Construye alega que Fernando Villavicencio e o movimento escolheram Andrea González como candidata à vice-presidência para substituir o presidente "em caso de ausência", considerando que, face à morte do candidato, Andrea González é a substituta natural e deve ser registada como candidata à presidência.

A candidata, uma ecologista de 36 anos há muito aliada de Villavicencio, afirmou hoje que espera que a CNE clarifique quaisquer dúvidas e acusou o organismo de "falta de vontade" para avaliar a nova situação e validar a sua candidatura.

"Não estamos na agenda de hoje e preocupa-nos que a falta de vontade da CNE neste processo ponha em risco a democracia e a paz no Equador", disse González nas redes sociais, horas antes de um debate televisivo entre os candidatos presidenciais.

Villavicencio, 59 anos, foi assassinado a tiro na quarta-feira, à saída de um comício numa escola no norte de Quito.

O crime já levou à detenção de seis pessoas, de nacionalidade colombiana, mas ainda não se sabe quem é o responsável pela ordem para o homicídio.