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Detidos pelo homicídio de candidato presidencial no Equador são colombianos

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Os seis detidos suspeitos do homicídio do candidato a Presidente do Equador Fernando Villavicencio são de nacionalidade colombiana, tal como o homem que morreu no local, adiantaram hoje à agência Efe fontes da polícia equatorianas.

As autoridades equatorianas tinham referido até agora que vários homens participaram no assassínio de Villavicencio, que resultou ainda em pelo menos nove feridos, incluindo três polícias.

Fonte da polícia destacou que os suspeitos são colombianos, tal como o homem que ficou ferido numa troca de tiros e que posteriormente morreu numa ambulância.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros colombiano sublinhou que está a aguardar a informação oficial sobre o ocorrido.

Esta não é a primeira vez que cidadãos colombianos se envolvem em situações semelhantes em outros países, já que mercenários colombianos também foram responsáveis pelo assassinato do Presidente haitiano Jovenel Moise.

As autoridades equatorianas também não confirmaram se os responsáveis pertencem a um dos gangues do crime organizado que operam no Equador.

Villavicencio prometeu lutar contra estes gangues e nas últimas semanas tinha denunciado ameaças de morte contra si.

O Presidente do Equador, Guillermo Lasso, confirmou, através das redes sociais, a presença do FBI no seu país, acrescentando que solicitou aos Estados Unidos o apoio desta agência federal de investigação para esclarecer este crime.

A participação do FBI na investigação do assassinato faz parte da estreita relação que Estados Unidos e Equador construíram nos últimos dois anos, especialmente desde que Lasso chegou ao poder, com cooperação em diversos assuntos, inclusive segurança.

As Forças Armadas equatorianas já estão a ser destacadas em todo o país, revelou o ministro da Defesa, garantindo que os militares "responderão com toda a força".

"É preciso entender que as máfias declararam guerra ao Equador e que o Estado e as Forças Armadas responderão com todas as suas forças para enfrentar os assassinos, os seus cúmplices, os que os financiam, os que os protegem", assegurou Luis Lara, em declarações aos jornalistas.

Sem detalhar o número concreto de militares destacados, Luis Lara frisou que haverá "presença das Forças Armadas em cada cidade e em cada freguesia até à conclusão do processo eleitoral".

Após o homicídio de Villavicencio, o governo declarou três dias de luto nacional e estado de emergência de 60 dias.