O Eurostat comparou o rendimento anual de trabalho nos estados membros. Segundo dados relativos a 2021, o salário médio em Portugal aparece um pouco acima de metade da média da União Europeia. 17 países mostram números superiores e 9 apresentam inferiores.

Em termos brutos, as pessoas ganham em média 33.500 € por ano na UE e 19.300 € entre nós, o que corresponde a 58% daquela. E 68% do que é auferido em Espanha, por exemplo. Mensalmente o vencimento médio dos portugueses fica nos 1.378 €, no país vizinho nos 2.012 € e na União alcança os 2.400 €.

Os salários mais elevados acontecem no Luxemburgo (72.000 €), na Dinamarca (63.000 €), e na Irlanda (50.000 €). Nos 17 que estão acima do nosso encontram-se também Bélgica, Áustria, Suécia, Alemanha, Finlândia, França, Itália, Eslovénia, Espanha, Malta, Chipre, Lituânia e Estónia. Abaixo de nós estão Letónia, Chéquia, Croácia, Eslováquia, Grécia, Polónia e na cauda do pelotão surgem Bulgária(10.400 €), Hungria (12.600 €) e Roménia (13.000 €).

Isto é, encontramo-nos bem mais perto da Bulgária, último da lista, do que do Luxemburgo, que lidera a tabela.

Portugal já aderiu à UE faz muito tempo se comparado com entradas mais recentes designadamente de nações oriundas da ex-União Soviética. E, mesmo algumas dessas, já nos ultrapassaram nesta matéria.

Para que os vencimentos cresçam, particularmente o salário médio, é preciso que o país crie condições para que o crescimento aconteça. Deve ser o objectivo nacional, primeiro e principal. A verdade é que não cresce ou cresce pouco. Mas é para esse propósito que deviam estar os sucessivos governos sempre focados. Infelizmente não é isso que tem sucedido. E o resultado é este.