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CGTP e UGT comemoram Dia do Trabalhador a exigir mais salários e pensões

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Mais salários e pensões é o mote das duas centrais sindicais, CGTP e UGT, para as comemorações do Dia do Trabalhador, que se assinala na segunda-feira, feriado, com manifestações e atividades diversas em vários pontos do país.

Numa altura em que o custo de vida aumenta, a UGT e a CGTP reivindicam a subida dos salários e das pensões para repor o poder de compra mas, como habitualmente, as centrais sindicais festejam o Dia do Trabalhador separadas e com diferentes iniciativas.

"Mais salário, mais direitos, melhores pensões! Contra o aumento do custo de vida" é o que reclama a CGTP, que em comunicado garante levar a cabo "uma grande jornada de luta nacional, com os trabalhadores a encherem as ruas e praças de norte a sul de Portugal e nas regiões autónomas".

A intersindical liderada por Isabel Camarinha destaca que os trabalhadores vão afirmar "a sua força" e "indignação" exigindo aumento dos salários e pensões e medidas imediatas de combate ao aumento do custo de vida, como a fixação de limites máximos nos preços dos bens e serviços essenciais e a taxação extraordinária "sobre os lucros colossais das grandes empresas".

O reforço dos serviços públicos e funções sociais do Estado e a garantia do direito à habitação "confrontando o capital e o patronato" e exigindo ao Governo "medidas que valorizem o trabalho e os trabalhadores" são outras das exigências da CGTP.

As comemorações da CGTP do Dia do Trabalhador, em Lisboa, iniciam-se de manhã, com a tradicional corrida internacional do 1º de Maio, com partida e chegada no Estádio 1º de Maio.

À tarde, a partir das 14:30, a CGTP promove um desfile entre o Martim Moniz e a Alameda D. Afonso Henriques, onde será promovido um comício sindical que terá como oradora principal a secretária-geral da central, Isabel Camarinha.

No Porto, está prevista uma manifestação, à tarde, na Avenida dos Aliados, onde intervirá o coordenador da União de Sindicatos do Porto e membro da Comissão Executiva da CGTP, Tiago Oliveira.

Estão previstas manifestações, plenários, festas populares, provas desportivas e exposições em cerca de 30 localidades, que incluem as capitais de distrito, Açores e Madeira.

Por sua vez, a UGT volta este ano a comemorar o 1º de Maio na Torre de Belém, em Lisboa, numa concentração que, segundo a central sindical, "juntará centenas de dirigentes sindicais e trabalhadores para uma grande festa".

"Face ao aumento do custo de vida, a UGT e os seus sindicatos irão reafirmar a sua determinação na luta por mais e melhores salários, por mais diálogo social, por pensões dignas e por mais oportunidades de trabalho para os jovens", anuncia a central sindical liderada por Mário Mourão, em comunicado.

As comemorações da central sindical iniciam-se com a realização da 6.ª Corrida UGT, às 10:30, no Passeio Carlos do Carmo, na zona ribeirinha de Belém e a concentração segue para os jardins da Torre de Belém, onde estão agendadas várias atividades.

As intervenções político-sindicais da presidente da UGT, Lucinda Dâmaso, e do secretário-geral da UGT, Mário Mourão, estão previstas para o início da tarde, em Belém.

No ano passado, a UGT assinalou o Dia do Trabalhador com uma conferência, em Lisboa, sobre o "Sindicalismo e os Jovens" e os "Desafios do Mundo do Trabalho" e, nos dois anos anteriores, comemorou a data de forma virtual devido à pandemia da covid-19.

O 1.º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, teve origem nos acontecimentos de Chicago de há 137 anos, quando se realizou uma jornada de luta pela redução do horário de trabalho para as oito horas, que foi reprimida com violência pelas autoridades dos Estados Unidos da América, que mataram dezenas de trabalhadores e condenaram à forca quatro dirigentes sindicais.