Madeira

Chega acusa o Governo Regional de discriminar os Bombeiros

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O secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, assinou, ontem, um novo acordo colectivo de trabalho com as associações sindicais representativas das carreiras médicas. O referido acordo tem como principais alterações a redução do trabalho normal em serviço de urgência, de dezoito para doze horas, e, ao mesmo tempo, a simplificação do processo de avaliação do desempenho no SESARAM, com majoração para os dois biénios da pandemia de covid-19, em quatro pontos por biénio. Em termos práticos, tais mudanças significam que todos os médicos terão uma mudança de nível remuneratório, o que custará ao erário público cerca de 3,5 milhões de euros.

Segundo Miguel Castro, líder do Chega-Madeira, o acordo alcançado é positivo, no sentido em que constitui um "reconhecimento merecido do trabalho incansável realizado pelos profissionais de saúde da Madeira durante a crise pandémica".

No entanto, Miguel Castro sublinha que o acordo alcançado é "insuficiente, pois deixa de fora outras carreiras profissionais que deram um contributo igualmente válido, nomeadamente os bombeiros". Para o líder do Chega-Madeira, “é uma inconsciência e uma grande falta de sensibilidade deixar de fora outros profissionais que estiveram, tal como os prestadores de saúde, na linha da frente do combate à covid-19, como é o caso dos bombeiros".

"Será que essa classe profissional não é merecedora de gratidão, de reconhecimento e de um análogo aumento nas suas condições financeiras?”, indaga. 

Para o presidente do Chega-Madeira, "a postura discriminatória" revelada pelo Governo Regional apenas agrava "a falta de sensibilidade com que a carreira dos bombeiros tem vindo a ser gerida".

Quando recordamos a demora e a falta de empenho com que foi gerido o processo de equiparação das carreiras dos bombeiros voluntários, fica bem patente que o governo do PSD continua a olhar para estes profissionais com preocupante ignorância dos riscos que assumem quando estão a defender as nossas casas, as nossas florestas e o nosso património, ou até a resgatar cidadãos locais e estrangeiros em ações de salvamento nas montanhas". Chega