Madeira

"Os nossos emigrantes estão fartos de palavras ocas", diz Sara Madruga da Costa

A deputada acusa o PS “de votar contra os emigrantes, prejudicando-os no acesso a direitos sociais”

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A  deputada Sara Madruga da Costa diz que "os nossos emigrantes estão fartos de palavras ocas e de um Governo da República que, num dia, pela voz do Secretário de Estado das Comunidades, defende a maior valorização da diáspora para, no dia seguinte, votar contra medidas essenciais e prejudicá-los nos seus direitos, numa postura que, além de lamentável, acaba ser vergonhosa para o país”.

Sara Madruga da Costa referia-se ao voto contra do PS, assumido na passada sexta-feira, na Assembleia da República, quanto à implementação do Seguro Social Solidário.

Um voto contra e isolado, explica, já que o PS foi o único partido a votar contra, impossibilitando a implementação desta medida, através da qual os emigrantes, designadamente os que residem em países com mais carências sociais como é o caso da Venezuela, passassem a ter acesso, descontando para esse efeito no Sistema de Segurança Social Português, a um conjunto de prestações sociais, designadamente à pensão de reforma e protecção na doença.

“Falamos de uma reivindicação da mais inteira justiça por parte dos nossos emigrantes que não teria qualquer impacto orçamental e que esteve muito perto de ser aprovada não fosse o voto contra do PS”, frisou, ainda, a deputada, vincando que a mesma “só não foi aprovada porque o PS não quis”.

E reforça: "Aquilo a que assistimos é ao voto contra do PS relativamente a tudo o que vem da Madeira, independentemente do seu conteúdo ou da sua importância”.

Sara Madruga da Costa acusa o PS de colocar os seus interesses partidários acima dos interesses da Madeira e das comunidades, numa postura que contrasta, em toda a linha, com a defesa dos emigrantes que a República assume como bandeira “para, depois e sempre que tem o poder de resolver os problemas reais, votar contra”.