Madeira

Envelhecimento pode ser encarado como oportunidade para surgimento de novas profissões

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A par do reforço da formação dos profissionais que trabalham, directamente, junto da população sénior e do aumento do número das equipas de apoio domiciliário que actualmente cuidam e garantem o acompanhamento necessário aos idosos, nas suas habitações, é também importante que, a par da melhoria dos cuidados, a longevidade seja cada vez mais encarada como uma oportunidade para a diversificação económica e para o surgimento de novas profissões, designadamente ligadas, por exemplo, ao turismo de saúde e bem-estar e ao envelhecimento activo. Diversificação económica que determina uma mudança de mentalidades e que, mais do que tudo, obriga a que a própria sociedade se ajuste a uma realidade em que a população, vivendo mais, tem, também, de ter condições para viver melhor.

Opiniões que geraram consenso durante mais uma reunião do “Compromisso 2030”, na área da “Demografia e Economia da Longevidade”, que juntou, à mesma mesa, representantes das entidades públicas do setor da Economia Social, das Instituições Particulares de Solidariedade Social, das Misericórdias e, também, de entidades privadas que operam no setor do envelhecimento e da prestação dos cuidados de Saúde.

Conforme explica a Coordenadora do “Compromisso 2030” para esta temática, Cláudia Perestrelo, “há, efetivamente, condições para que a Região avance neste caminho”, sendo, todavia, necessário que, em parceria e em estreita ligação com todos os agentes e instituições que trabalham neste setor, haja um trabalho de sensibilização, esclarecimento e identificação das medidas que podem ou não ser concretizadas em função das realidades que diferem entre si, tendo sempre presente o objetivo essencial de melhorar a humanização das respostas e a qualidade de vida das pessoas”.

Aliás, sublinha, “ouvimos, nesta reunião, um reconhecimento muito especial ao trabalho que tem vindo a ser desenvolvido na Região e nesta área, numa base que abre espaço, precisamente, a que novas soluções possam surgir, para benefício da população mais idosa, quer do ponto de vista dos cuidados a prestar, da ocupação dos seus tempos ou mesmo do acompanhamento, de forma mais ativa e sempre em segurança”.

Refira-se que os trabalhos desta reunião contaram com a participação da Diretora Regional para as Políticas Públicas Integradas e Longevidade, Ana Clara Silva e com Ana João Sepúlveda, Especializada em Economia da Longevidade e em Envelhecimento Sustentável, sendo reconhecida como pioneira no desenvolvimento deste tema em Portugal.