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Réplica de magnitude 5,0 causa pânico em Antáquia na Turquia

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Um sismo secundário de magnitude 5,0 na escala de Richter causou hoje pânico na cidade de Antáquia, a mais afetada pelos terramotos de 06 de fevereiro e de segunda-feira, embora não tenha resultado em grandes danos.

O abalo ocorreu às 18:53 (15:53 de Lisboa), com epicentro em Baliklidere, a apenas cinco quilómetros a sul de Antáquia, capital da província de Hatay, segundo dados do Observatório Sismográfico de Kandilli, em Istambul.

Este terramoto causou pânico entre os que continuam a viver em tendas nesta cidade, que ficou quase totalmente destruída pelos sismos de 06 de fevereiro, que causaram mais de 43 mil mortos em 11 províncias do país, noticiou a estação NTV.

O governador daquela província, Rahmi Dogan, garantiu à agência turca Anadolu que o terramoto praticamente não causou novos danos numa cidade onde atualmente não há casas habitadas.

"Exceto pelo desabamento de alguns prédios já danificados, nada de grave aconteceu. Segundo as primeiras informações, não há feridos e ninguém sob os escombros", realçou Dogan.

Antáquia, que já era a cidade com maior nível de destruição após os sismos de magnitude 7,7 e 7,6 de 06 de fevereiro, sofreu na segunda-feira um novo e independente terremoto, segundo especialistas, de magnitude 6,4, seguido de um tremor secundário de 5,8.

O abalo mais recente causou seis mortos, dos quais três eram de pessoas que tentavam recuperar pertences de casas danificadas, e mais de uma centena de feridos, 18 destes em estado grave.

O número de mortos na Turquia devidos aos sismos que atingiram 11 províncias no sudeste do país a 06 de fevereiro subiu para 43.556, informaram hoje as autoridades, após um anterior balanço que apontava para 42.310.

O ministro do Interior, Suleyman Soylu, disse que na província de Hatay, a mais atingida pelo terramoto, ainda se encontravam pessoas debaixo dos escombros de alguns edifícios.

De acordo com Soylu, que descreveu o terramoto como "o maior do mundo", 600.000 casas foram destruídas.

O ministro disse que as autoridades identificaram meio milhar de construtores, alegadamente responsáveis por construções que não cumpriam as normas de segurança antissísmicas. Cerca de 160 pessoas foram detidas.

Na Síria, também afetada pelos sismos, pelo menos 3.600 pessoas morreram.