Madeira

Plenário de trabalhadores já parou 24 carreiras urbanas da 'Horários do Funchal'

O serviço das carreiras interurbanas está a decorrer sem constrangimentos, informou a companhia de transportes públicos

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O plenário de trabalhadores da empresa de transporte público de passageiros do Grupo Horários do Funchal já causou constrangimentos em 24 carreiras urbanas.

Segundo informou há pouco a companhia, há 24 carreiras do serviço urbano que estão sem serviços, devido ao plenário dos motoristas. A saber: 3, 7, 8A, 9, 15, 15B, 24, 26, 31A, 32, 36, 40, 42, 45, 46, 48, 50, 70, 83, 90, 93, 94, 05 e 05A.

Já o serviço das carreiras interurbanas está a decorrer sem constrangimentos, acrescenta a HF.

Ontem, o Grupo Horários do Funchal (Horários do Funchal - Transportes Públicos, S.A. e Companhia dos Carros de São Gonçalo, S.A.) alertou os clientes para a possibilidade de ocorrência de constrangimentos, nas carreiras de transporte público de passageiros do serviço urbano e interurbano hoje, entre as 11h30 e as 15h30, devido ao Plenário de Trabalhadores marcado pelo SNMOT - Sindicato Nacional de Motoristas e Outros Trabalhadores.

Sendo certo que se trata de um direito que assiste aos colaboradores da empresa, a HF lamenta profundamente eventuais alterações que possam ocorrer nas rotinas dos utilizadores. No entanto, tudo fará para minimizar a previsível degradação na qualidade do seu serviço de transporte público, apelando à melhor compreensão de todos os seus clientes e apresentando as suas sinceras desculpas por possíveis constrangimentos.   Horários do Funchal

O SNMOT - Sindicato Nacional de Motoristas e Outros Trabalhadores, por sua vez, alega que o acordo alcançado com os HF foi feito à revelia e nas costas dos trabalhadores e discorda do aumento de 5,1% proposto.

O aumento acordado não traduz um aumento real dos salário, porque apenas traduz um aumento na massa salarial de cerca de 5,1% quando a taxa de inflação registada em 2022 de 7,8%. SNMOT - Sindicato Nacional de Motoristas e Outros Trabalhadores

Como tal, o sindicato considera que o acordo "publicitado" traduz-se num "claro prejuízo e numa clara perda do poder de compra de cerca de 2,3% para os Trabalhadores dos HF".

Posição diferente tem o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários e Actividades Metalúrgicas da Região Autónoma da Madeira (STRAMM) que decidiu não aderir ao plenário de hoje, por entender que conseguiu "o melhor acordo com o Grupo Horários do Funchal".

"De 2019 a 2022, os trabalhadores tiveram um ganho real entre 182 euros e os 192 euros, nunca antes obtido e tudo se deve ao STRAMM"  Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários e Actividades Metalúrgicas da Região Autónoma da Madeira (STRAMM)

O STRAMM lembrou que negociou, nos últimos anos, aumentos salariais superiores aos negociados pelo sindicato nacional.