Água é vida

A vida na Terra depende da água, um recurso vital cada vez mais escasso fruto do brutal aumento do consumo, do avanço da desertificação e destruição das reservas naturais de água doce. A Madeira por contraponto ao Porto Santo mostra a diferença entre ter e não ter reservas de água doce suficientes para as necessidades de consumo e a inevitabilidade de ter de ir buscá-la ao mar com custos agravados e muito menor qualidade. O Governo Regional (GR) através da EEM tem levado a cabo empreendimentos não só para criar maiores reservas de água mas também evitar o desperdício promovendo o seu reaproveitamento sendo exemplo a Barragem do Paul da Serra e a Central de Bombagem que permite que a água utilizada na produção de energia elétrica seja reutilizada ao retornar à barragem utilizando eletricidade produzida por turbinas eólicas, com um impacto ambiental bastante positivo. Se há um recurso natural que nunca deveria ser privatizado é a água. Temos o direito a usufruir da nossa água e a obrigação de utilizá-la com parcimónia e evitar o seu desperdício. As reclamações dos consumidores pela qualidade da água ou pela sua falta, dos agricultores por não terem acesso à mesma para regar, das Câmaras contra o GR e vice-versa com acusações de má gestão, falta de investimento e desperdício pelo obsoletismo da rede de distribuição, mostram como é crucial uma gestão criteriosa capaz dos investimentos necessários à otimização do seu aproveitamento e distribuição, sobrepondo-se a qualquer tipo de disputa de cariz político ou territorial, capaz de desenvolver as estruturas necessárias ao reaproveitamento das águas sanitárias e pluviais. Para isso é necessário colocar acima dos interesses políticos partidários um interesse que é vital para todos nós e criar um organismo público regional tutelado pelo GR e fiscalizado pela ARM para gerir com criteriosa competência, rigor e equidade a globalidade dos nossos recursos hídricos que de dia para dia se tornarão cada vez mais escassos.

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