País

Montenegro deixa claro que nunca fará acordos com partidos xenófobos

None

A primeira saudação de Montenegro, no discurso de encerramento do congresso, foi para Miguel Albuquerque e José Manuel Bolieiro pelo “sucesso na governação da Madeira e dos Açores”.

O CDS, representado pelo líder Nuno Melo, foi o único partido a ter uma saudação especial e uma salva de palmas dos congressista. “Não é a conjuntura actual do CDS”, disse Montenegro que altera alguma coisa, uma vez que os dois partidos são próximos e estão coligados nos governos regionais e em muitas autarquias.

Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, presente na sessão de encerramento, também teve uma saudação especial.

Montenegro começou por lembrar que estes são “tempos que exigem governos fortes e oposições exigentes".

“Hoje, governar é ter coragem de transformar e nada disso foi feito, em Portugal, nestes sete anos. Sete anos de empobrecimento, de ligeireza governativa atiram os portugueses para o epicentro dos mais afectados por esta crise", disse.

Luís Montenegro, que recordou os erros e tragédias, como a de Pedrógão Grande, onde estará amanhã, para ilustrar os sete anos de governação de António Costa que, diz, destruiu a estrutura do Estado em diversos sectores, da Saúde à Educação, Protecção Civil e uma carga fiscal impossível de suportar.

Mas foi nas questões ideológicas que o novo líder do PSD separpu as águas.

“No PSD não entramos em discussões de linhas verdes ou vermelhas, a nossa prioridade é o cidadão", garante e recusa a "escolha teleguiada que o socialismo tenta impor".

“Não nos confundam nem confundam os portugueses, não somos socialistas moderados. Somos moderados, mas não somos nem seremos socialistas. (...) Por sermos moderados é que não somos populistas, nem ultra-liberais e nunca nos associaremos a qualquer política xenófoba ou racista", afirmou e levantou o congresso.

Sem nunca dizer o nome do partido Chega, que tem uma delegação na sala, Montenegro garantiu que nunca fará o que o PS fez, a célebre 'geringonça', para ser governo.

“Não somos daqueles que ultrapassam muros para abraçar o extremismo só para sobreviver politicamente. Estou a falar do PS, de António Costa e dos seus delfins. Jamais abdicarei dos princípios do nosso partido para governar a qualquer custo", afirmou.

Luís Montenegro deixou claro que nunca aceitará subverter os princípios democráticos do PSD.

“Se algum dia for confrontado com a subversão dos nossos valores para governar, o partido pode decidir o que quiser, mas eu não serei líder desse governo".

António Costa e os membros do seu governo, acusa, “violaram os princípios do socialismo moderador” para serem governo, associando-se a partidos anti-euro, anti-Europa ou pior “partidos pró-russos na guerra da Ucrânia”.

Montenegro promete que tudo fará para dar um novo governo a Portugal, para liderar uma nova maioria que tenha estabilidade, mas nunca a qualquer preço.

"Somos um partido livre com a liberdade de assumir entendimentos mas nunca, nunca, violaremos os nosso princípios e valores".

Numa segunda parte do discurso, apresentou as linhas gerais do que propõe para o país, a começar pelo combate à carestia de vida, com medidas de apoio directo às famílias mais desfavorecidas, num Programa de Emergência Social.