Por ano são diagnosticados 100 casos de hepatite C na Madeira. Neste momento, estão identificados 700 doentes, alguns deles com o tratamento já concluído.

Os números foram adiantados por Pedro Ramos, no âmbito das comemorações do Dia Mundial das Hepatites, que se assinala na próxima quinta-feira, dia 28 de Julho, mas que, na Madeira, teve uma iniciativa já esta segunda-feira, incluída nas comemorações nacionais que vão passar, nos próximos dias, pelas cidades do Porto, Coimbra e Lisboa. 

Conforme deu conta o secretário regional de Saúde e Protecção Civil, "os custos de cada tratamento [da hepatite C] são cerca de seis mil euros", pelo que o governante considera importante diminuir o número de casos, dando conta de que a Madeira, através do Serviço Regional de Saúde (SESARAM), aderiu ao projecto que pretende erradicar a hepatite C até 2030. 

25 rastreios até meio da manhã

No âmbito do acção que decorre esta segunda-feira, no Funchal (até às 13 horas), o rastreio da hepatite C, junto à Sé. Até meio da manhã de hoje, aderiram a esta acção 25 pessoas. 

Além do rastreio da hepatite C, decorre em simultâneo o rastreio ao grau de fibrose e esteatose (gordura) no fígado, com recurso a uma técnica não invasiva.

Alertando para a importância do diagnóstico precoce da doença, Pedro Ramos não deixou de salientar, ainda assim, que "é preferível investir na promoção da saúde, na protecção da saúde, na prvenção da doença, no sentido de termos populações cada vez mais saudáveis". 

Nos últimos dois anos e meio, na Madeira, já foram realizados quase 50 mil testes de diagnóstico da hepatite C, uma boa parte (29 mil) no âmbito do projecto internacional FOCUS, do qual a Região faz parte, através do Hospital Dr. Nélio Mendonça, desde Janeiro de 2019, assumindo-se como a primeira unidade de saúde pública nacional a integrar esse programa promovido pela 'Gilead Sciences'.