Madeira

Economia regional continuou a acelerar em Abril

Foto Shutterstock
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O Indicador Regional de Actividade Económica (IRAE) revelado esta manhã pela Direcção Regional de Estatística da Madeira, mostra que, no mês de Abril de 2022, "a actividade económica regional manteve a trajetória de crescimento, dando sinais de nova aceleração face ao mês anterior".

"A DREM dá continuidade à breve análise dos principais indicadores de curto prazo, iniciada na divulgação de Dezembro de 2021", sendo "de sublinhar que muitos dos indicadores referentes a Abril de 2022, mostram uma aceleração no crescimento, o que se deve, naturalmente, ao forte condicionamento da actividade económica no período homólogo", reconhece.

Assim, a actividade económica "acelerou face ao mês anterior, superando assim os valores dos 8 meses anteriores", destaca. "A recuperação do sector do turismo deu um importante contributo para aquele desempenho, já que as dormidas (excluindo o alojamento local abaixo das 10 camas) subiram 760,8% nesse mês".

O mesmo ocorreu com "a emissão de energia eléctrica – um indicador associado à evolução da actividade económica – cresceu 14,7%, com Abril de 2022 a se constituir como o 3.º mês consecutivo em aceleração. Embora em desaceleração, o consumo de gasóleo subiu 18,9% em termos homólogos".

Já analisando "o rácio das sociedades constituídas e dissolvidas, observa-se que, em Abril de 2022, por cada sociedade dissolvida na Região foram criadas 2,1 novas sociedades, o valor mensal mais elevado de 2022", salienta.

No que toca ao consumo privado, "um dos indicadores reveladores" da sua evolução "são as operações da rede SIBS com cartões emitidos por bancos nacionais. Observando os montantes dos levantamentos e compras, com cartões nacionais, através de terminais de pagamento automático (TPA), verifica-se um crescimento robusto de 18,0% em Abril de 2022, em aceleração pelo 4.º mês consecutivo". Nota que os dados do 2.º trimestre (Abril a Junho) foram divulgados hoje mesmo e revelam evolução de 31,4% face a igual período de 2021.

"A introdução no consumo de gasolina mantém tendência crescente, ascendendo, a variação homóloga, a 29,0% (+31,5% em Março)", acrescenta.

"Por sua, vez, o saldo dos empréstimos para consumo e outros fins concedidos às famílias e às instituições sem fins lucrativos ao serviço das famílias aumentou 1,6% em Abril de 2022", nota.

No que ao investimento diz respeito, "e à excepção dos edifícios licenciados, estão em crescimento, em Abril de 2022, com destaque para as vendas de automóveis novos ligeiros de mercadorias (+41,9%) e de cimento (+9,4%).  O saldo dos empréstimos para habitação cresceu 1,8% e a avaliação bancária de habitação, 8,4%. Contrariamente, os edifícios licenciados recuaram 5,2%", sendo este dos poucos dados negativos.

No que toca à procura externa, diz a DREM que "embora o comércio com o estrangeiro seja apenas uma pequena fatia do comércio global que a Região efectua (a maior parte do qual com o Continente), é de assinalar que, quer a exportação (+41,1%), quer a importação de bens (+26,4%) apresentam a mesma tendência que o movimento de mercadorias nos portos (+30,2%), indicador mais abrangente no que respeita à dinâmica do comércio com o exterior". E "nos restantes indicadores, observa-se que o crescimento no movimento de passageiros nos aeroportos (+557,7%) – em aceleração pelo 6.º mês consecutivo – está em linha com os levantamentos e compras, com cartões internacionais, através de terminais de pagamento automático (TPA), +198,5%, registados em Abril de 2022 (+141,7% no mês anterior)", afiança, num cruzamento de informação que não deixa margem para dúvidas.

Também o mercado de trabalho, analisado com base nos dados provenientes dos organismos que tutelam a área do Emprego no País e na Região, estes "mostram, em Abril de 2022, um crescimento das ofertas de emprego (+155,3%) e uma diminuição, tanto nos pedidos de emprego (-13,6%), como nos desempregados inscritos (-14,0%)", dados esses que, quando negativos, são na prática positivos.

Por fim, os preços, que têm precisamente o efeito inverso, quando positivos são maus sinal, pelo menos para os consumidores. "Em Abril de 2022, a taxa de inflação homóloga acelerou, atingindo os 6,1%, sendo mais pronunciada nos bens (+7,2%) que nos serviços (+4,6%). A inflação subjacente (que exclui os produtos alimentares não transformados e energéticos) fixou-se em 4,6%", conclui a DREM.