O presidente do Partido Socialista Madeira, Sérgio Gonçalves, insiste na necessidade do Governo Regional (GR) implementar um plano de contingência integrado, que tenha o Porto Santo. como solução alternativa para fazer face aos condicionamentos, no aeroporto da Madeira, devido a condições climatéricas adversas.

Sérgio Gonçalves, de visita ao Porto Santo, considerou que “nesta altura, o Governo Regional já deveria ter implementado um plano de contingência integrado que colocasse o Porto Santo no centro da decisão", afirmou, lembrando que o terminal daquela infraestrutura será alvo de uma intervenção por parte da ANA Aeroportos.

Segundo o líder socialista, o plano de contingência deve também integrar a ligação marítima, de forma a assegurar a transferência de passageiros entre as duas ilhas em caso de condicionamento do aeroporto da Madeira.

Tal como o vereador do PS na Câmara Municipal do Porto Santo, Miguel Brito, declarou esta manhã ao DIÁRIO, Sérgio Gonçalves também lamenta que, nestes dois últimos anos, o Governo Regional, não tenha apostado "na requalificação do produto e na formação profissional dos trabalhadores da hotelaria e da restauração".

Numa altura em que o aumento dos fluxos turísticos para a Região – neste caso também para o Porto Santo – têm feito crescer o sector do Turismo, a partir deste segundo trimestre do ano, Sérgio Gonçalves, deu conta de "problemas visíveis", como "a falta de requalificação do destino e a falta de mão de obra, o que vem dar razão aos alertas por diversas vezes deixados pelo PS".

Sérgio Gonçalves referiu as dificuldades da hotelaria e da restauração em contratar profissionais: “Nós alertámos para as questões da formação profissional e de adequar as necessidades do mercado e trabalho à formação que era oferecida".

Recordou, acrescentando que isso não foi feito nestes dois anos e que, entretanto, muitas pessoas foram obrigadas a sair da Região por falta de emprego e de oportunidades. “Ainda ontem, aqui no Porto Santo, soubemos de unidades hoteleiras que têm restaurantes fechados, impossibilitados de servir jantares aos clientes porque não têm pessoal, algo que acontece também na Madeira”, deu conta.

O presidente dos socialistas madeirenses referiu que, no caso do Porto Santo, dada a sazonalidade do destino, esta é uma questão ainda mais importante, sendo que poderiam ter sido desenvolvidos programas específicos de formação durante o inverno, de modo a que pudesse haver capacidade de resposta na época alta.