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Conselho de Segurança da ONU reúne-se de emergência sobre Coreia do Norte

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Foto EPA

O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai realizar hoje uma reunião informal de emergência à porta fechada a pedido dos EUA, depois de um alegado ensaio de mísseis pela Coreia do Norte, segundo diplomatas.

Os EUA e os estados-membros europeus com assento no Conselho de Segurança (Reino Unido, França, Albânia, Irlanda e Noruega) convocaram esta sessão, segundo diplomatas citados pela agência France-Presse (AFP).

Nesta reunião de emergência, além de uma troca de informações, os países ocidentais esperam pressionar novamente a China, próxima de Pyongyang, para obter uma declaração conjunta sobre os testes norte-coreanos.

"Só precisamos de uma declaração muito pequena [sobre os testes] (...) para mostrar à Coreia do Norte a unanimidade do Conselho" sobre o assunto, afirmou um diplomata, sob condição de anonimato, à agência noticiosa francesa.

Desde 2017, e com a imposição pela ONU de três séries de sanções económicas internacionais contra Pyongyang, que Pequim se tem recusado a aderir a qualquer ação conjunta do Conselho de Segurança.

A Coreia do Norte anunciou no domingo que tinha realizado mais um "importante teste" para o desenvolvimento de um satélite de reconhecimento, mas os analistas acreditam tratar-se de um lançamento de mísseis, poucos dias antes das eleições presidenciais na Coreia do Sul.

Ao contrário do que aconteceu com o lançamento de um suposto míssil balístico, em 27 de fevereiro, a notícia de domingo não inclui fotos da superfície da Terra tiradas do espaço.

A Coreia do Norte realizou desde o início do ano nove rondas de testes de armas, um novo recorde.

Sujeita a sanções internacionais sobre os seus programas nucleares e balísticos, a Coreia do Norte não está impedida de lançar satélites para fins pacíficos, ainda que os materiais que os transportem utilizem a mesma tecnologia.

Para as forças armadas da Coreia da Sul, Pyongyang lançou no sábado um míssil balístico, das proximidades de Sunan, próximo da capital norte-coreana, para o mar do Japão, tendo o projétil voado cerca de 270 quilómetros e atingido uma altura máxima de cerca de 560 quilómetros.

Em 31 de janeiro, a Coreia do Norte confirmou o lançamento de um míssil balístico de alcance intermédio capaz de atingir o território norte-americano de Guam.

Também em janeiro, durante o congresso do partido único que governa a Coreia do Norte, o líder Kim Jong-un anunciou que o país iria desenvolver novos satélites de reconhecimento.

A Coreia do Norte anunciou em 2012 e 2016 ter colocado em órbita dois satélites de reconhecimento, chamados de Kwangmyongsong 3-2 e 4, mas as agências espaciais ocidentais não registaram até agora qualquer sinal emitido pelos alegados satélites.