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Coreia do Norte lança "projéctil não identificado" para leste

Televisão sul-coreana a reportar o suspeito lançamento de um míssil pela Coreia do norte a 27 de Fevereiro de 2022
Televisão sul-coreana a reportar o suspeito lançamento de um míssil pela Coreia do norte a 27 de Fevereiro de 2022
, Foto EPA/YONHAP SOUTH KOREA OUT

A Coreia do Norte lançou hoje pelo menos um "projétil não identificado", anunciou o Exército sul-coreano, adiantando que pode ser o nono teste com mísseis de Pyongyang desde o início do ano.

"A Coreia do Norte lançou um projétil não identificado para o leste", informou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS) em comunicado, sem adiantar mais pormenores.

Em 31 de janeiro, a Coreia do Norte confirmou o lançamento-teste de um míssil balístico de alcance intermédio capaz de atingir o território norte-americano de Guam.

A agência de notícias oficial central coreana avançou que o teste do míssil Hwasong-12 visava avaliar seletivamente o míssil que está a ser produzido e implantado, e verificar a sua precisão.

Segundo a mesma fonte, a câmara instalada na ogiva do míssil captou uma imagem da Terra vista do espaço, e a Academia de Ciências da Defesa confirmou a precisão, segurança e eficácia da operação do sistema de armamento.

A Coreia do Norte disse que o míssil foi lançado para a água, na costa leste, e num ângulo alto, para evitar que sobrevoasse outros países, não tendo revelado mais detalhes.

O Exército sul-coreano e o Ministério da Defesa japonês tinham dito que o projétil lançado no mar pelos norte-coreanos era um míssil balístico de alcance intermédio, violando novamente as resoluções estabelecidas pelas Nações Unidas.

Este foi o sétimo teste realizado este mês, reafirmando a intenção da Coreia do Norte em reforçar as defesas nacionais, enquanto ocorre uma escalada de tensão na região da península coreana.

O projétil percorreu 800 quilómetros a leste em direção ao Mar do Japão, chamado de Mar do Leste nas duas Coreias, e teria atingido uma altitude máxima de 2.000 quilómetros sem entrar nas águas da zona económica exclusiva do Japão ou provocar danos, segundo o Governo japonês.

O Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, apressou-se a convocar, pela primeira vez em um ano, uma reunião do Conselho de Segurança Nacional do seu país.

Moon declarou aos meios de comunicação locais que este último lançamento da Coreia do Norte era um "desafio à desnuclearização da península coreana, à paz e à estabilidade, e aos esforços diplomáticos da comunidade internacional, bem como um ato que viola a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas".

O Presidente sul-coreano pediu o fim da tensão e que a Coreia do Norte respondesse aos pedidos internacionais e retomasse o diálogo.

Por sua vez, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, convocou também uma reunião do seu Conselho de Segurança e em declarações à imprensa afirmou que condenava "veementemente" o lançamento, que violava "as resoluções das Nações Unidas".

O Exército dos Estados Unidos também pediu a Pyongyang que se abstivesse de atos "desestabilizadores", de acordo com um comunicado emitido pelo Comando do Indo-Pacífico citado pela agência de notícias japonesa Kyodo.