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Mercado global de música teve "os maiores níveis de receita deste milénio" em 2021

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O mercado global da música gravada atingiu em 2021 "os maiores níveis de receita deste milénio", impulsionados sobretudo pelo aumento dos serviços de 'streaming' de assinatura paga, segundo a Federação Internacional da Indústria Discográfica, num relatório hoje divulgado.

Os dados, revelados hoje pela da Federação Internacional da Indústria Discográfica (IFPI, na sigla em inglês) no Relatório Global de Música, demonstram que, no segundo ano de pandemia da covid-19, as receitas de música gravada atingiram os 25,9 mil milhões de dólares, um aumento de 18,5% face a 2020 e "os maiores níveis de receita deste milénio".

"No sétimo ano consecutivo de crescimento, o 'streaming' provou mais uma vez ser um fator-chave e o formato dominante, crescendo em todas as regiões do mundo", lê-se no relatório.

O 'streaming' representou, em 2021, 65% das receitas de música gravada, acima dos 61,9% registados no ano anterior.

No final de 2021, estavam registados 523 milhões de utilizadores de contas pagas de 'streaming', em plataformas como Spotify, Apple Music e Tidal.

Ainda segundo o relatório, as receitas de assinaturas pagas de 'streaming' aumentaram 23,3% no ano passado, para 12,3 mil milhões de dólares.

Além das receitas provenientes do 'streaming', o crescimento das receitas do mercado global da música é sustentado também por ganhou noutras áreas, incluindo os formatos físicos e os diretos de reprodução.

A IFPI destaca que, "pela primeira vez em 20 anos, registou-se um crescimento no mercado físico", com as receitas a aumentarem 16,1% para cinco mil milhões de dólares.

"Isto foi parcialmente impulsionado por uma recuperação nas vendas em lojas físicas, que tinham sido bastante afetadas em 2020 pela pandemia da covid-19. As receitas da venda de CD aumentaram pela primeira vez este milénio e, ao mesmo tempo, o ressurgimento recente do interesse pelo vinil continuou com um forte aumento de receitas em 2021, de 51,3%, quando comparado com os 25,9% de aumento em 2020", lê-se no relatório.

O Médio Oriente e Norte de África (35%), a América Latina (31,2%) e os Estados Unidos e Canadá (22%) foram as regiões que registaram um maior aumento de receitas em 2021.

As receitas de venda de música aumentaram 15,4% na Europa e 16,1% na Ásia.

No topo dos artistas que mais venderam e lucraram, globalmente, em 2021, estão os sul-coreanos BTS, seguindo-se a norte-americana Taylor Swift e a britânica Adele.

O tema mais ouvido em 'streaming' em 2021 foi "Save your tears", do músico canadiano The Weeknd.

"30", de Adele, foi o álbum mais vendido no ano passado (4,68 milhões de unidades), seguindo-se "Voyage", dos Abba (2,05 milhões), e "Attacca", dos Seventeen (1,75 milhões).