Madeira

Miguel Castro candidata-se para “organizar e estruturar” o Chega na Madeira

Candidato da lista A quer estabilizar o Partido e evitar que seja eleita novamente uma direcção fraca

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O candidato da lista A à liderança do Chega na Madeira, Miguel Castro, afirmou hoje que pretende “organizar e estruturar” o partido na região, indicando que, caso vença amanhã as eleições internas, vai convocar um congresso para conhecer todos os militantes e definir um rumo para o partido a nível regional.

“Queremos estruturar o partido de forma que os militantes e os simpatizantes se aproximem e sejam bastante activos dentro do partido. Queremos ter os nossos organismos definidos de maneira que as pessoas tenham a consciência de que o partido existe e que é uma alternativa válida para lutar pelos interesses dos cidadãos”.

A lista encabeçada por Miguel Castro é “a única que poderá garantir aos militantes uma estrutura partidária forte e coesa interna e externamente”.

Constituída por 9 elementos efectivos e 2 suplentes “esta lista agrega pessoas das mais variadas áreas profissionais com muitos anos de experiência, sendo assim uma mais valia no processo político regional”, reforça.

A candidatura à liderança do Chega/Madeira, “surge para estabilizar o partido e para evitar que novamente o mesmo eleja uma direcção fraca que mais uma vez não consiga cumprir o mandato até ao fim e acabe por ‘atirar a tolha ao chão’, à semelhança da direcção anterior após as eleições autárquicas de 26 de Setembro, nas quais o partido elegeu um deputado municipal no Funchal, um em Câmara de Lobos e dois na Ribeira Brava.  

“O que eu quero, nesta primeira fase, é apresentar as propostas internas aos militantes”, realçou, explicando que, em termos políticos, a estrutura regional segue as orientações e a filosofia do partido ao nível nacional. 

Miguel Castro defende a criação de organizações internas de juventude e de mulheres, a implantação de comissões políticas concelhias nos 11 municípios da Região, a realização periódica de convenções regionais e de convívios com os militantes, a promoção de acções de formação em política e o reforço da actividade do partido ‘online’. 

“São propostas internas, mas, se ganharmos a eleição, obviamente que temos propostas externas, que vão ao encontro das propostas do partido ao nível nacional”, disse, realçando que o seu “opositor principal” na Madeira é o PSD, partido que governa a região desde 1976, actualmente em coligação com o CDS-PP.  

As eleições internas no Chega/Madeira estão agendadas para amanhã, dia 12 de Março e, num universo de cerca de 424 militantes, 150 estarão em condições de votar – o prazo de regularização de quotas decorreu até ontem, 48 horas antes do acto eleitoral. 

Miguel Castro tem 49 anos, é funcionário público e empresário no sector da restauração e actividades turísticas. 

Em 2021, encabeçou a lista do Chega à presidência da Câmara Municipal do Funchal, numas eleições em que o partido foi, em termos globais, o quatro mais votado na Madeira.  

Nas legislativas antecipadas de 30 de Janeiro, o Chegou voltou a ser a quarta força política na Madeira.