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Webb, o telescópio

Mais propriamente James Webb, em homenagem ao antigo administrador da NASA durante o mandato de John F.Kennedy, o impulsionador do projecto Apollo que acabou levando pela primeira vez o homem à Lua.

O telescópio foi construído com a mais avançada tecnologia para substituir o Hubble, já no espaço há muitos anos e com possibilidades limitadas face aos avanços da ciência que, agora, são aplicados neste novo modelo cujo potencial é extraordinário.

Não é fácil traduzir para escrita entendível a mais moderna, potente e complexa invenção da ciência espacial em termos astronómicos. A linguagem técnica utilizada faz-nos passar ao lado de algumas das imensas coisas que temos curiosidade em saber.

Mas já descortinamos que vai estudar a evolução das galáxias, o processo de formação das estrelas e dos planetas, a radiação infravermelha, a infância do universo e as origens da vida.

Já tem imagens de astros luminosos e galáxias com 4 bilhões de anos de distância da Terra. E acaba de revelar novas reproduções visuais dos Pilares da Criação que se situam a 6500 anos-luz, já dantes captadas pelo Hubble, mas sem a clareza que o Webb alcançou, provavelmente contribuindo para a descoberta do modo de constituição das estrelas.

É perceptível que vai levar-nos muito longe, pelo espaço nunca dantes navegado (observado), no vasto e infinito cosmos, provando, uma vez mais, quão pequenos somos. Agora, comprovadamente, microscópicos. E, contra toda a probabilidade, parece estarmos sós. E a nos matar uns aos outros.