A Guerra Madeira

Rita Andrade realçou boas práticas na recepção de refugiados na Madeira

Secretária da Inclusão esteve no 43.º Congresso dos Poderes Locais e Regionais do Conselho da Europa

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A secretária regional de Inclusão Social e Cidadania, Rita Andrade, destacou, no segundo dia do 43.º Congresso dos Poderes Locais e Regionais do Conselho da Europa, em Estrasburgo, o exemplo da Região na recepção e acolhimento dos cidadãos ucranianos refugiados, assim como a operação que o Governo Regional levou a cabo desde o início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

No final do dia e sob o tema 'Reception of women and children refugees', Rita Andrade interveio dizendo que a operação do GR relativamente à guerra, tinha como objectivo "acolher, integrar e proteger estes cidadãos", na sua grande maioria (80%), mulher e crianças, explica nota enviada.

Difícil compreender como é que os cerca de 500 refugiados que chegaram à Região desde o início da guerra escolheram percorrer mais de 4.300 quilómetros para chegar à Madeira, tendo para isso de usar vários meios de transporte, demorando por vezes semanas a chegar. Isto só aconteceu porque, de facto, toda a hospitalidade e solidariedade dos madeirenses, aliada à capacidade de resposta que o nosso Governo demonstrou desde a primeira hora, foi exemplar. Encontrou soluções conjuntas, num esforço concertado, que congregou vontades de entidades públicas, privadas e da sociedade civil. Rita Andrade.

“A nossa região tinha uma operação montada ao fim de uma semana do início da guerra, que designou ‘SOS Ucrânia’. Foi possível encontrar soluções de alojamento, através de famílias voluntárias que cederam as suas habitações. Foi também articulada uma grande operação na área do emprego, com centenas de empresas locais a quererem oferecer trabalho, especificamente aos cidadãos ucranianos refugiados. Para facilitar os contactos, o Governo Regional criou um balcão de atendimento específico, com o objetivo de atender e encaminhar os refugiados para os diversos serviços e soluções disponíveis. Foram feitos acordos com diversas entidades, de forma a assegurar o acesso dos cidadãos ucranianos aos transportes públicos, comunicações móveis, apoio médico e apoio psicológico, formação na língua portuguesa, tendo sempre em vista a sua melhor integração”, destacou Rita Andrade.

Actualmente, os cidadãos ucranianos que se encontram na Região encontraram soluções de alojamento e emprego, têm acesso aos serviços de saúde, apoios da segurança social, educação, tal como qualquer cidadão madeirense. Do nosso ponto de vista, uma integração de sucesso, com total segurança e conforto para os refugiados da Ucrânia, que são hoje, também, cidadãos madeirenses. A nossa Região está mais rica e temos muito orgulho nisso." Rita Andrade.

Foram várias as intervenções e debates sobre a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, neste segundo dia,  tendo altos representantes militares e do governo ucraniano participado on-line, apresentando um ponto da situação. Na ocasião, aproveitaram ainda para reforçar e sensibilizar, com pedidos de apoio aos 47 países membros do Conselho da Europa.