Madeira

CDU leva à Assembleia 12 medidas de emergência para combater escalada de preços

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"Agendamos para ser discutido e votado no Plenário da ALRAM desta semana um Projecto de Resolução em que se propõe um conjunto de medidas de emergência para concretizar ainda em 2022, com efeitos imediatos para combater o aumento do custo de vida". O anúncio foi feito esta tarde por Ricardo Lume, durante uma acção de contacto com a população, no centro do Funchal.

Dentre as medidas defendidas pela CDU, o deputado na Assembleia Regional destacou "a necessidade de fixação dos preços máximos nos bens essenciais".

Ricardo Lume argumenta que "a vida está muito mais cara e todos percebemos isso quando pagamos as contas do supermercado, quando pagamos as contas da luz, água, gás, renda e prestações, telecomunicações, combustíveis, seguros, medicamentos e todo o tipo de despesas".

Como exemplos refere que "nos últimos seis meses, de acordo com os dados da Deco, o peixe aumentou 19,10%, a carne aumentou 17,14%, os produtos de mercearia aumentaram 12,43%, as frutas e os legumes aumentaram 10,16%, e os lacticínios aumentaram 8,90%".

"Também na Região em apenas três semanas os combustíveis aumentaram cerca de 20 cêntimos", complementa, salientando que "o brutal aumento do custo de vida constitui, a par da degradação dos salários e reformas, um factor fortemente penalizador do poder de compra da esmagadora maioria dos madeirenses e porto-santenses.

Face ao exposto, entendem os comunistas que "não é possível continuar esta escalada dos preços e o Governo Regional nada fazer, pois quando é para aumentar o salário dos trabalhadores os governantes dizem que é preciso questionar se os empresários têm capacidade de pagar tal aumento mas,  quando os grandes grupos económicos aumentam os preços dos bens essenciais e dos combustíveis, aí já ninguém pergunta aos consumidores, se têm capacidade para pagar o aumento dos preços".

Por outro lado, Ricardo Lume critica as medidas temporárias e transitórias avançadas pelos Governos da República e pelo Governo Regional que, a  seu ver, "revelam-se insuficientes e limitadas porque não vão às causas dos problemas".

"É por isso cada vez mais evidente a necessidade de avançar com medidas imediatas que, articuladas entre si, permitam quatro objectivos essenciais: assegurar a valorização do poder de compra dos trabalhadores e reformados, combater o aumento dos preços, garantir o cumprimento dos direitos sociais e garantir uma mais justa distribuição da riqueza", conclui.