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Turquia detém 504 suspeitos de envolvimento na confraria de Fethullah Gülen

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Foto Reuters

As forças de segurança da Turquia detiveram nas últimas horas 504 pessoas sob a alegação de pertencerem à confraria islamista de Fethullah Gülen, que Ancara considera uma "organização terrorista".

Os procuradores ordenaram a detenção de um total de 704 suspeitos, dos quais mais de 500 foram detidos numa operação policial que decorreu em simultâneo e abrangeu 59 províncias.

Os motivos das detenções relacionam-se com supostas recolhas de fundos e a sua transferência para as organizações de Gülen, um ex-imã exilado desde 1999 nos Estados Unidos e cuja extradição continua a ser exigida pelo Governo turco.

Ancara responsabiliza Gülen de ser o mentor da fracassada tentativa de golpe de Estado em 2016, e colocou confraria que dirige na sua lista de "organizações terroristas".

Gülen, que tem negado qualquer envolvimento na falhada intentona, foi um aliado do Presidente turco Recep Tayyip Erdogan desde a sua chegada ao poder em 2002 e até 2013, quando se envolveram numa luta pelo poder.

Durante décadas, a confraria "gülenista" foi colocando os seus membros em altos cargos da administração pública, da polícia, do sistema judicial e das Forças Armadas.

Na sequência do golpe de 2016, e para além de defini-la como "organização terrorista", Ancara desencadeou uma vasta purga contra a confraria e que abrangeu dezenas de milhares de funcionários.