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CDU está a crescer em Lisboa

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O candidato da CDU à presidência da Câmara de Lisboa, João Ferreira, revelou hoje que os resultados já conhecidos apontam para o facto do partido estar a "crescer em Lisboa", atribuindo-o ao reconhecimento pelo trabalho dos últimos quatro anos.

"Apesar do quadro de resultados apurado até agora ser ainda limitado, quer estes resultados, quer as projeções parecem apontar para o facto de que a CDU cresceu em Lisboa. Este resultado, a confirmar-se, é indissociável do reconhecimento do trabalho desenvolvido pelos eleitos e de uma identificação crescente do projeto da CDU para a cidade", disse João Ferreira.

No centro de trabalho comunista Vitória, em Lisboa, o candidato, cabeça de lista à capital nas autárquicas de 2013 e novamente em 2017, aproveitou a ocasião para agradecer às "centenas de candidatos e ativistas do PCP, da CDU, do PEV, Intervenção Democrática e aos independentes pela campanha "serena, mas entusiasmante, de esclarecimento e de proximidade".

João Ferreira, na vereação da autarquia da capital desde 2013, agradeceu também àqueles que votaram pela primeira vez na CDU, garantindo que vai honrar essa "confiança depositada".

"Este é um voto que vai valer a pena. A força que recebemos é a força que vai contar para todas as lutas que se vão travar nos próximos anos pelo direito, pelo direito à habitação, aos serviços públicos de qualidade, mobilidade e transportes públicos de qualidade, ambiente de qualidade", frisou.

O candidato lembrou igualmente que a CDU apresentou um "projeto alternativo a Lisboa" e que, para cada problema "apresentou soluções e propostas concretas", sublinhando que com determinação o partido irá levar por diante a intervenção de contacto com as populações.

AS projeções televisivas divulgadas domingo às 21:00 deram um empate entre o socialista Fernando Medina e o social-democrata Carlos Moedas na corrida à presidência da Câmara de Lisboa nas eleições autárquicas.

O terceiro lugar em Lisboa é apontado à candidatura da CDU, encabeçada por João Ferreira, com uma votação entre 10% e 13%, podendo aumentar de dois para três os vereadores na autarquia. João Ferreira escusou-se a falar em possíveis acordos de governação na câmara ou sequer a uma análise do eventual vencedor poder ser agora de direita, salientando que os resultados ainda não o permitem.

"Uma vez clarificados e apurados [os resultados] teremos essa discussão e reflexão", disse, avançando que "o que importa agora registar é que com uma CDU mais forte Lisboa contará ainda com mais força da CDU na cidade".

"Cada proposta concreta se transforma em compromisso de intervenção sejam quais forem os resultados finais", acrescentou, reconhecendo o trabalho realizado nos últimos quatro anos pelos dois vereadores eleitos que, de acordo com João Ferreira, "deixaram a sua marca mesmo sem pelouros atribuídos".

Nestas eleições concorreram à presidência da Câmara de Lisboa Beatriz Gomes Dias (BE) Fernando Medina, Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), João Ferreira (CDU), Bruno Horta Soares (IL), Nuno Graciano (Chega), Manuela Gonzaga (PAN), Tiago Matos Gomes (Volt Portugal), Ossanda Líber (Movimento Somos Todos Lisboa), Sofia Afonso Ferreira (Nós, Cidadãos!), Bruno Fialho (PDR) e João Patrocínio (Ergue-te).