“Obrigado povo de Santa Cruz”. Foi desta forma que o reeleito presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz agradeceu à população e à “onda verde” que se juntou na praça defronte ao edifício dos Paços do Concelho, onde o JPP voltou a fazer a festa de mais uma vitória autárquica.

Mesmo tempo perdido um mandato no executivo camarário, Filipe Sousa classificou de “estrondosa vitória” o resultado alcançado este domingo pelo JPP, que voltou a vencer todos os órgãos autárquicos.

Elogiou o “empenho, dedicação” e manifestou “orgulho” a todos os que contribuíram para mais este resultado que reafirma “Santa Cruz terra de liberdade”, disse.

Perante as dezenas de eleitos e apoiantes que se juntaram para celebrar a vitória, lembrou que o JPP é um projecto político iniciado em 2013, que teve no primeiro mandato “uma trajectória de recuperação financeira”, e neste último, o segundo mandato, a “consolidação” dessa recuperação”.  Uma nova forma de governar que faz com que “outras autarquias estão a seguir o exemplo de Santa Cruz”. Mais do que isso, “vamos ser o exemplo a nível regional”, apontou.

Filipe Sousa assume o desafio de “pensar mais alto e ensinar a este governo” como se governa para o povo. Razão para reclamar que “Santa Cruz merece todo o apoio” do Governo Regional, que vai continuar a não ser convidado para actos oficiais.

Assegurou que o trabalho do novo mandato “começa amanhã (hoje), segunda-feira”, dia onde espera já poder agendar a tomada de posse, que quer ver concretizada logo que possível.

Já foi avisando que será “uma cerimónia de tomada de posse muito própria, muito genuína”, ou seja, “sem o governo regional”. Lembrou que “enquanto tivermos um governo mentiroso, ele não merece estar sentado ao nosso lado”. Como tal, deixou desde já o esclarecimento que a tomada de posso para o terceiro mandato será com “ninguém a representar a República, ninguém a representar o Governo”, mas com alguém do povo, a exemplo do que tem vindo a acontecer nos últimos anos.

Depois de chamar ao palco os “sete magníficos” que com ele integraram a lista à Câmara Municipal, “pessoas empenhadas e dedicadas”, os “cinco mosqueteiros”, referindo-se aos presidentes de junta eleitos, e ainda a presidente reeleita à Assembleia Municipal, a mandatária e chefe de gabinete, e a esposa e filhos, Filipe Sousa concretizou: “Nós somos uma família que fez de Santa Cruz algo que nunca ninguém fez”.

Antes ironizou com a polémica que envolveu o candidato à Junta da Camacha, afirmando que teve de “ir à Camacha libertar o Pedro [Fernandes] porque a polícia andava atrás dele”.

Antes do banho de champanhe, despediu-se com um desejo: “Daqui a quatro anos possamos encher esta praça”.