Mafalda Gonçalves, candidata do Partido Socialista à Câmara Municipal de Santa Cruz, elege a cultura como um dos eixos estruturantes do seu programa eleitoral, considerando que esta, além da marca identitária do povo e das localidades, pode ser um factor de desenvolvimento económico e social.

Mafalda Gonçalves pretende auscultar periodicamente os agentes culturais do concelho, visando o estabelecimento de uma relação profícua para o desenvolvimento das diferentes localidades do município. Nesse sentido, a candidata reuniu-se esta terça-feira, 21 de Setembro, com a Banda Paroquial de São Lourenço, na Camacha.

Na sua óptica, Santa Cruz deve potenciar a articulação entre a riqueza do seu património material e imaterial e o seu capital humano, com vista à promoção de novas dinâmicas de base artística e cultural essenciais ao desenvolvimento económico e social do concelho. No entanto, lamenta que os sucessivos executivos municipais do PSD e do JPP tenham sido incapazes de valorizar este activo, levando a que muitas tradições estejam em risco de se perder. Exemplo disso é a obra de vimes da Camacha, que “outrora foi uma actividade rentável e levou o nome da freguesia e da Madeira além-fronteiras e que, actualmente, está a morrer, por culpa da falta de apoio das entidades governativas”.

"A confiança no nosso projecto é a única forma de não deixar a cultura morrer em Santa Cruz”, sustenta Mafalda Gonçalves, que se propõe a apostar na preservação e continuidade das artes e ofícios em risco de desaparecer, através do apoio aos produtores e aos artesãos e da criação do Museu do Vime e do Artesanato, onde esta e outras artes possam ser apreciadas e, acima de tudo, possam ser ensinadas e transmitidas às novas gerações.

A candidata do PS pretende ainda apoiar a organização de roteiros culturais entre instituições, bem como a realização de eventos gastronómicos e culturais que dinamizem as ruas e praças, em parceria com associações do sector, restauração e comércio local.