O PSD e o SNS

O PSD votou contra o projeto-lei 157/I sobre as Bases Gerais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) por discordar da imposição que pretendia impedir o setor privado de concorrer com o público na prestação de cuidados de saúde, ao contrário do que se praticava nos restantes países europeus democráticos. Em 15 Set.1979 no governo de Maria Lurdes Pintassilgo (GMLP) foi publicada no Diário da República a Lei 56/79 criando o SNS. O GMLP durou apenas até Jan.1980 pelo que não teve tempo para implementar o que quer que fosse do SNS. Com os governos da AD – PSD/CDS de Jan.1980 a Jun.1983, do Bloco Central PS/PSD de Jun. 1983 a Nov. 1985 e do PSD de Nov. 1985 a Out. 1995, com 2 maiorias absolutas, é que se implementou e colocou na prática o SNS a funcionar ao serviço dos portugueses, como o conhecemos hoje e que tantos elogios merece dos partidos da esquerda e dos seus apaniguados. Portanto se é um facto que o PSD votou contra o PL inicial, não por discordar do seu objetivo primordial de facultar cuidados de saúde a todos os portugueses mas por procurar impedir que os portugueses tivessem liberdade de escolher entre público e privado para usufruir desses mesmos cuidados, também é um facto evidente e indesmentível que o PSD esteve desde a 1ª hora sempre na linha da frente no que concerne à implementação do SNS e dos seus benefícios junto dos portugueses. Por isso quando António Costa diz que o PSD “não criou, apoiou, defendeu e desenvolveu o SNS” está como é seu timbre uma vez mais a mentir para tentar enganar os portugueses. Também Catarina Martins ao dizer na AR que não se devia perder tempo a debater com a direita que está em degradação, ao mesmo tempo que critica a governação PS (GPS) que nos últimos 20 anos degradou o SNS, mostra a arrogância de quem se julga “dona” da democracia e a contradição que resulta de ter apoiado essa mesma GPS que “exauriu” o SNS. Contradições recorrentes de uma esquerda no seu pior que vive de promessas por cumprir.

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