O general Carlos de Azeredo morreu hoje aos 90 anos de idade, apurou o DIÁRIO junto de fonte próxima da família. O oficial estava doente há cerca de cinco anos e faleceu esta manhã na sua casa na cidade do Porto.

Nasceu a 4 de Outubro de 1930, em Marco de Canaveses. Oriundo de família nobre e monárquico, Carlos Azeredo teve um papel importante no 25 de Abril de 1974 no norte do país. No dia da revolução, a força do Centro de Instrução de Condução Auto Nº 1 (CICA 1) liderada pelo então tenente-coronel Carlos Azeredo, a quem mais tarde se juntariam as forças de Lamego, tomou o Quartel-General da Região Militar do Porto.

Pouco depois veio assumir os cargos de comandante-chefe e governador militar da Madeira. A 20 de Fevereiro de 1975 foi o nomeado 96.º e último governador civil do Distrito Autónomo do Funchal. Nesse período foi uma figura marcante, mas também polémica, contendo os excessos revolucionários na Região.

Mais tarde Azeredo seria comandante da Região Militar do Norte e Chefe da Casa Militar do Presidente da República Mário Soares. Em 1997 liderou a candidatura da coligação PSD/CDS à Câmara Municipal do Porto, tendo sido derrotado pelo socialista Fernando Gomes.

Publicou em 2004 o livro biográfico "Trabalhos e Dias De Um Soldado Do Império" e o livro "Invasão do Norte: 1809: a campanha do general Silveira contra o marechal Soult”.