Madeira

Adesão total do SEF sem impacto para passageiros no Aeroporto da Madeira

Adesão total do SEF sem impacto para passageiros no Aeroporto da Madeira

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Este primeiro dia de greve parcial no Aeroporto Internacional da Madeira – Cristiano Ronaldo dos funcionários da carreira de investigação e fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) não teve praticamente impacto no movimento ‘transfronteiriço’.

Carlos Costa, inspector do SEF e delegado sindical, confirmou ao DIÁRIO a quase absoluta normalidade verificada no aeroporto da Madeira.

“Decorreu dentro da normalidade. Não houve grandes entropias à normal circulação, à normal travessia da fronteira. Apenas atrasos de alguns minutos, nada de relevante”, admitiu. Motivo para concluir que apesar da greve, não só “não houve grandes transtornos”, como “não prejudicamos nem incomodamos, tanto a economia como os passageiros”. Ainda assim diz ter sido “positivo” para os funcionários do SEF, relembrando que a única pretensão desta paralisação é “conhecer o que nos vai acontecer no futuro”.

Recorde-se que a greve parcial (três horas por dia) vai durar até ao final do mês em defesa dos seus direitos na sequência da reestruturação daquele organismo.

A greve foi convocada pelo Sindicato dos Inspectores de Investigação, Fiscalização e Fronteiras (SIIFF) face à falta de resposta do Governo quanto aos direitos destes inspectores na sequência da aprovação da proposta de lei que "prevê a dispersão de competências policiais do SEF pela PJ, PSP e GNR". 

O sindicato considera que esta lei "ditará, inapelavelmente, o fim do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras" e lembra que numa reunião em Junho o ministro da Administração Interna definiu o final de mês de Junho como data limite para apresentar um documento com "os termos em que se asseguravam os direitos" destes inspectores.

No aeroporto da Madeira a adesão também “foi total”, sendo que os serviços mínimos foram cumpridos.

Carlos Costa faz questão de esclarecer que “o nosso direito à greve é limitado. Nós, enquanto serviço essencial, temos sempre de cumprir com os serviços mínimos. Hoje não foi excepção”.

No aeroporto da Madeira os serviços mínimos foram assegurados por três elementos escalados para o efeito, “quase tantos como um dia normal”, regista. “Habitualmente estariam cinco”, mas este sábado, “para além dos três inspectores, estiveram dois estagiários” que também contribuíram para auxiliar o serviço. Na prática foi quase como se estivessem quatro elementos a trabalhar, atenuando ainda mais a diferença em relação ao que é prática normal.

Agencia lusa , 14 Agosto 2021 - 12:53

No período da greve, entre as 10 e as 13 horas, apenas três voos chegaram e partiram para país fora do espaço Schengen, todos com ligações a Inglaterra - Londres (Wizz), Manchester e Birmingham (ambos da Jet2).

Razão para os poucos transtornos causados com a greve do SEF, apesar da habitual espera na sala de controlo de passageiros.

Sala de chegadas que “só tem condições para receber um voo”, lembra Carlos Costa. Caso haja mais de um voo num curto espaço de tempo, os passageiros dos voos posteriores são obrigados a aguardar no exterior da gare. “Isso foi o que aconteceu hoje, como acontece sempre”, esclarece.

Além deste constrangimento já habitual, “não houve qualquer situação anómala, nem atrasos significativos”, concretizou.