Mundo

Saiba quais as notícias que marcam esta terça-feira

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Quase dois meses depois da última reunião, a sede da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), em Lisboa, volta hoje a acolher mais uma reunião de peritos, que divulgarão dados sobre a evolução epidemiológica de covid-19 em Portugal.

Após ouvir os peritos da Direção-Geral da Saúde, Instituto Doutor Ricardo Jorge (INSA) e investigadores em Saúde Pública, o Governo decidirá, na quinta-feira, em Conselho de Ministros, se altera as medidas e as restrições em vigor no âmbito do combate à pandemia.

Na véspera da reunião, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde considerou que "a política não deve interferir na ciência, deve respeitar a ciência, mas também não está capturada nem refém da ciência".

O governante admitiu que muitas das decisões do executivo "são baseadas em suporte técnico e científico", não afastando um possível alívio das restrições.

Esta será a segunda reunião desde que terminou o estado de emergência (30 de abril) e contará, como habitualmente, com as presenças do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do primeiro-ministro, António Costa, do presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, da ministra da Saúde, Marta Temido, e de representantes de partidos.

Os últimos dados da autoridade nacional de saúde Portugal dão conta de um aumento nos internamentos, que são agora 919, dos quais 198 em unidades de cuidados intensivos.

A taxa de incidência nacional de infeções pelo SARS-CoV-2 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias está nos 427,5 casos, e o índice de transmissibilidade está em 1,04.

Hoje, também é notícia:

CULTURA

A primeira edição do NOMA Azores -- Festival Internacional de Cinema de Direitos Humanos exibe em Ponta Delgada, entre hoje e sábado, oito longas-metragens e três curtas-metragens que foram selecionadas de entre mais de 400 candidaturas.

As longas-metragens concorrem aos prémios de Melhor-Metragem, no valor de 2.500 euros, Melhor Longa-Metragem Portuguesa, no valor de 1.500 euros, e o Prémio do Público para Melhor Filme, de 700 euros.

Esta é uma iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Ponta Delgada e produzida pela Associação Cultural Silêncio Sonoro.

ECONOMIA

A votação do relatório final da comissão de inquérito parlamentar ao Novo Banco e das propostas de alteração apresentadas pelos diferentes partidos termina hoje, ao fim de dois dias.

A versão preliminar do relatório final da Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução, elaborado pelo deputado do PS Fernando Anastácio, mereceu várias críticas de PSD, BE, PCP, CDS-PP e Iniciativa Liberal, que apresentaram várias dezenas de propostas de alterações.

Com o objetivo de contribuir para a "consensualização" do documento, o relator anunciou na segunda-feira, quando arrancaram estas votações finais, integrar cerca de 80 propostas apresentadas pelos partidos na sua própria versão do relatório (55 do PSD, 16 do BE e cinco do PCP e da Iniciativa Liberal).

Depois de uma interrupção dos trabalhos, com um apelo do presidente da comissão, Fernando Negrão, para uma "aproximação de posições" entre os deputados para o relatório final, as votações desenrolaram-se durante toda a tarde e até ao início da noite, mas não foram concluídas, ficando ainda a faltar parte do capítulo relativo às conclusões e também todo o capítulo das recomendações.

Assim, para as 10:00 de hoje está marcado o regresso dos deputados da comissão ao Senado da Assembleia da República para concluir a votação do relatório final.

INTERNACIONAL

O julgamento do antigo dirigente da Secretaria de Estado do Vaticano entre 2011 e 2018, cardeal Angelo Becciu, acusado de vários escândalos financeiros começa hoje no Vaticano, com o religioso a assegurar ser "vítima de uma cabala".

Demitido das funções pelo Papa Francisco em setembro de 2020, o cardeal, que sempre negou as denúncias, será julgado pelos "crimes de peculato e abuso de poder e também da concorrência, bem como de suborno" no quadro da "matéria relativa aos investimentos financeiros do Secretário de Estado em Londres".

Em conjunto com o cardeal, outras nove pessoas e quatro empresas foram indiciadas depois de a investigação judicial, iniciada em 2019, ter permitido estabelecer "uma ampla rede de relações com participantes dos mercados financeiros que gerou perdas consideráveis para as finanças do Vaticano, tendo também utilizado os recursos destinados às obras de caridade pessoal do Papa".

Em 2014, a Secretaria investiu cerca de 244 milhões de dólares (206 milhões de euros, ao câmbio atual) como parceira de um acordo para comprar um edifício de luxo em Londres.

Todos os arguidos são membros do pessoal eclesiástico e leigos do Secretário de Estado e personalidades da então Autoridade de Informação Financeira, bem como personalidades externas, ativas no mundo das finanças internacionais e estão acusados dos crimes de abuso de poder, extorsão, branqueamento de capitais, fraude, falsa escritura pública e privada, violação do sigilo do cargo e peculato.

LUSOFONIA

A Assembleia Nacional aprecia hoje um pedido do Presidente angolano, João Lourenço, para o envio de militares angolanos da força em estado de alerta da SADC, destacada para apoiar Moçambique no combate ao terrorismo em Cabo Delgado.

Este é o ponto único da 8.ª reunião plenária extraordinária e decorre de um pedido de João Lourenço, na sua qualidade de Comandante-em-Chefe das Forcadas Armadas Angolanas (FAA), sobre o envio de militares, no âmbito dos protocolos assinados com a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC, na sigla inglesa).

Segundo a agência de notícias angolana, ANGOP, Angola deverá enviar 20 assessores militares para Moçambique para apoiar as autoridades daquele país no combate ao terrorismo.