Coronavírus Madeira

Variante Delta com frequência relativa de 100% na Madeira

A totalidade das amostras analisadas pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge foram da variante Delta

Foto Arquivo
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O mais recente relatório de situação sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal dá conta de que a totalidade das amostras referentes à Madeira analisadas pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) entre os dias 5 e 11 de Julho foram da variante Delta (B.1.617.2). 

As 14 amostras objecto de estudo foram colhidas nos dias 5 e 6 de Julho, e dizem respeito a infectados dos concelhos do Funchal, Câmara de Lobos, Ribeira Brava, Porto Santo e Santa Cruz. 

No todo nacional, entre as novas sequências analisadas, a variante Delta é a variante mais prevalente em Portugal com uma frequência relativa de 94.8% na semana  em apreço, mantendo-se dominante em todas as regiões.

Do total de sequências da variante Delta analisadas, 56 apresentam a mutação adicional K417N na proteína Spike (sublinhagem AY.1), a designada 'Delta Plus', sendo que a frequência relativa desta sublinhagem tem evidenciado uma tendência decrescente. Na última semana não foi detectado qualquer caso na última semana de Junho e primeira de Julho. Na Região também não há registo de qualquer caso dessa variante. 

O relatório de diversidade genética do SARS-CoV-2 indica, também, que a frequência relativa das variantes Beta (B.1.351) e Gamma (P.1), associadas inicialmente à África do Sul e ao Brasil (Manaus), respectivamente, mantém-se baixa e sem tendência crescente.

Não foram igualmente detectados novos casos da variante Lambda (C.37), a qual apresenta circulação vincada nas regiões do Peru e do Chile.

Recorde-se que  desde Junho que o INSA adoptou uma nova estratégia de monitorização contínua da diversidade genética do novo coronavírus em Portugal, a qual assenta em amostragem semanais de amplitude nacional. O objectivo desta alteração de procedimentos prende-se com o permitir de uma melhor caracterização genética do SARS-CoV-2, uma vez que os dados serão analisados continuamente, deixando de existir intervalos temporais entre análises.