Cidadania e Partidos!

Se atentos, estivermos nos partidos, eles são o “maior inimigo da democracia”.

Cidadania é a prática dos direitos e deveres, de um cidadão, na comunidade e no estado a que pertence, os direitos e os deveres, andam de mãos dadas, uma vez que o direito de um cidadão implica necessariamente numa obrigação de outro cidadão.

Ora existe, nalguns partidos, uma prática, de dominação, e domesticação, em que militantes, fundamentalistas, aceitam, ter só direitos; uma única obrigação, ser fiel de forma canina, e aos outros, tudo exigir; obediência cega, sem quaisquer direitos, a não ser um único, o de obedecer, e calar.

Assistimos, nos últimos anos, a alguns partidos, uma tendência, pelo gosto, ao poder absoluto, a gritaria eleitoral, pelas maiorias absolutas, é sinal, de uma doença grave nos homens que representam, e lideram esses partidos: não sabem governar, pelo diálogo, mas sim, pela exibição e aplicação de decisões de puro despotismo alicerçadas, em maiorias absolutas, oferecidas, infelizmente pelo, povo, que vota ao, calhas, e por militantes acarneirados, fiéis capatazes de neurónio único, devidamente recrutados e treinados, alguns, numa tenra infância perdida em juventudes partidárias.

Já alguém, muito bem afirmou: “terá o eleitorado mudado de opinião? Ou pura e simplesmente acha “que a solução é não ver, é não ouvir, é não querer ver, é não querer entender nada (…)”?

Imaginem, o que esta gente faz, quando, o povo, lhes oferece, o poder de governar: o poder detém a razão, o político sábio e justo, simplesmente desaparece, o autoritarismo e o despotismo, devidamente, sufragado é eleito, governa: “eu é que fui eleito, eu sou o presidente, logo eu mando”. Mas será que perdeu a capacidade de ouvir e de liderar?

A razão é o único guia infalível para se chegar ao conhecimento.

Existem partidos, que além de Conselhos Jurisdicionais, para “inglês ver”, tem, Comissões de Ética, que passam a pente fino, tudo o que se comenta em redes sociais, em meios de comunicação social, em tudo o que se opina, eles metem o bedelho, ora o direito a opinar, simplesmente é anulado, sendo que os militantes, inquisidores, lhes fazem todo o trabalhinho sujo: a democracia ferida de morte internamente, apenas, vaticina a morte lenta do partido, e a sua implosão interna. Mas pior, eles até julgam, que assim, limpam o seu partidinho, quando apenas o deixam, podre e fétido, pobre de ideias e de ideais.

Será porque a capacidade de raciocinar e pensar por si, próprio, foi enjaulada, por líderes de partidos, que julgam, ser um Rei sol, e tornam os partidos uma monarquia absoluta, onde a democracia, serve apenas de adorno; esses partidos, não têm futuro, não são o futuro, porque estão aprisionados ao passado, medieval onde imperava a ignorância, condição nuclear para o seu sucesso, hoje a razão e a educação, não os deixarão vingar.

J. Edgar M. da Silva