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Brasil com 745 mortes e 17.031 novos casos nas últimas 24 horas

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Foto EPA

O Brasil contabilizou 745 mortes e 17.031 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 534.233 óbitos e 19.106.971 infeções desde o início da pandemia, informou hoje o executivo.

De acordo com último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, a taxa de incidência da covid-19 no Brasil é hoje de 254 mortes e 9.092 casos por 100 mil habitantes. Já a taxa de letalidade permanece fixada em 2,8%.

A média móvel de óbitos dos últimos sete dias está em 1.303 no país sul-americano e a média de novos casos é de 44.923, ambas com tendência de queda.

A queda, quer no número de óbitos, quer nas infeções, é atribuída ao avanço da campanha de vacinação no Brasil, que se acelerou nas últimas semanas, apesar de ter começado tarde e lentamente.

Apesar da diminuição registada nos últimos dias, o Brasil continua a ser um dos três países mais afetados pela pandemia em todo o mundo, juntamente com os Estados Unidos da América e com a Índia.

A nível interno, o foco da pandemia continua a ser São Paulo, estado que concentra 3.869.300 diagnósticos positivos de Sars-CoV-2 e 132.205 vítimas mortais desde fevereiro de 2020, mês em que foi oficialmente registado o primeiro caso no país.

O Brasil completa hoje 16 meses desde o registo da primeira morte de covid-19 no país, em 12 de março de 2020, em São Paulo, duas semanas após contabilizar o primeiro contágio.

Num momento em que a vacinação avança no país, o Instituto Butantan, que produz no Brasil a Coronavac, vacina da chinesa da Sinovac, informou hoje que planeia submeter a ButanVac, a primeira vacina contra a covid-19 desenvolvida no Brasil, à avaliação do órgão regulador, para uso de emergência no final deste ano.

De acordo com o diretor do Butantan, Dimas Covas, caso a vacinação no Brasil esteja suficientemente avançada no final do ano, as doses do imunizante nacional poderão ser destinadas a países pobres.

"Nós trabalhamos com a hipótese de oferecer dessa vacina para outros países, principalmente os mais pobres. E, se for necessária, a vacina [ButanVac] para completar o esquema vacinal do Brasil, ela também estará disponível", disse Covas, citado pelo jornal O Globo.

O diretor avaliou que o novo imunizante dará uma grande contribuição à "uma vacinação mundial" e que o fim da pandemia está atrelado a uma ampla imunização, além dos países ricos.

A ButanVac, que já foi testada em animais e que foi, no mês passado, autorizada a ser testada em humanos, já está em produção desde abril pelo Butantan, um prestigiado centro de investigação médica de São Paulo.

O primeiro lote de um milhão de doses da ButanVac será fabricado a partir de uma remessa de 520 mil ovos, que servem de consumível para a produção do antídoto.

Essa metodologia é usada pelo Instituto há décadas para a produção da vacina contra a gripe.

Dimas Covas disse ao jornal O Globo que a ButanVac poderá ainda ser utilizada no Brasil num processo de "revacinação" contra a covid-19, como ocorre com a campanha anual da gripe.

Nesse cenário, Covas sustentou que a ButanVac estaria em vantagem, uma vez que poderá ser adaptada para neutralizar variantes do vírus.

Desenhada para apresentar efetividade diante da estirpe Gama ou P.1, detetada inicialmente em Manaus, no Amazonas, a vacina do Butantan poderia ser ajustada para outras mutações do vírus, como a Delta, segundo Covas.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.028.446 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 186,3 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente feito pela agência France-Presse.