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Brasil regista 57.737 novos casos e supera 19 milhões de infecções

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O Brasil contabilizou 57.737 casos de infeção pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, tendo ultrapassado a barreira de 19 milhões de infeções (19.020.499), informou hoje o Ministério da Saúde brasileiro.

Face ao número de mortes, a nação sul-americana, com 212 milhões de habitantes, registou 1.509 vítimas mortais, totalizando 531.688 óbitos desde o início da pandemia, registada oficialmente no Brasil no final de fevereiro de 2020.

Apesar de os dados permanecerem elevados, a média móvel de óbitos e de novos casos encontra-se em queda no país, de acordo com fontes oficiais.

A média móvel de óbitos dos últimos sete dias chegou hoje a 1.387, o menor valor desde o 04 de março passado (quando chegou a 1.361). Trata-se do 13º dia consecutivo em que a média está em queda, segundo dados obtidos junto às secretarias estaduais de saúde por um consórcio formado por órgãos da imprensa brasileira.

Apesar da diminuição, o Brasil completou 170 dias seguidos com média acima de 1.000 óbitos.

Já a média móvel de casos dos últimos sete dias chegou hoje a 47.656, a mais baixa desde 22 de fevereiro último, quando estava em 47.374.

O Brasil permanece como um dos três países mais afetados pela pandemia em todo o mundo, juntamente com os Estados Unidos e com a Índia.

A taxa de incidência da covid-19 em solo brasileiro é hoje de 253 mortes e 9.051 casos por 100 mil habitantes e a taxa de letalidade está fixada em 2,8%, de acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pelas autoridades de saúde do Brasil.

São Paulo, o estado mais rico e populoso do país, com 46 milhões de habitantes, é o foco interno da pandemia, concentrando 3.853.276 diagnósticos positivos de Sars-CoV-2 e 131.960 vítimas mortais.

Num momento em que o Governo brasileiro se encontra sob investigação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado devido a alegadas falhas na gestão da pandemia, senadores repudiaram hoje os ataques feitos pelo Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, aos membros da comissão.

Em causa estão declarações prestadas na quinta-feira, em que Jair Bolsonaro se recusou a responder a um pedido de esclarecimentos sobre alegadas irregularidades na compra de vacinas feito pela CPI, afirmando que "não responderá a esse tipo de gente".

"Eu não vou responder a esse tipo de gente. Em hipótese alguma. (...) Sabe qual a minha resposta, pessoal? Caguei. Caguei para a CPI", disse, com dureza, o mandatário, recorrendo a linguagem considerada de baixo calão pela imprensa local e "chula" por parte dos senadores.

Randolfe Rodrigues, vice-presidente da CPI, classificou a fala como "lamentável".

"A resposta do Presidente não é a nós. É ao povo brasileiro. É às instituições. É à República. A CPI foi só é a mensageira, a interlocutora. Presidente, responda o seguinte: porque é que o senhor não tomou nenhum tipo de providência quando (...) lhe comunicaram que existia um esquema corrupto em curso no Ministério da Saúde? (...) Essa pergunta não está sendo feita por mim, pela CPI. Está sendo feita pelo povo brasileiro. Então, Presidente, responda aos brasileiros", apelou Rodrigues.

"O país ficou estupefacto com a maneira com que respondeu a esta CPI. A escatologia proverbial do Presidente recende ao que ocorreu no seu Governo durante a pandemia. Todos nós sentimos esses odores irrespiráveis que empestaram o Brasil e mataram tantos inocentes. Não podemos ter medo de arreganhos, de ameaças, de intimidações, de quarteladas. Vamos investigar haja o que houver", disse, por sua vez, o relator da CPI, Renan Calheiros.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.013.756 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 185,5 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente feito pela agência France-Presse.