Ainda, a Estrutura Superior das FA ou a estrutura de coisa nenhuma.

Ultimamente, muito se tem dito e escrito sob o tema em título.

A morte do meu camarada de armas na Guiné e, meu companheiro no Forte Militar de Caxias, tenente-coronel Marcelino da Mata abriu a “Arca de Pandora”, desconfortável para alguns e que, para outros tirou do seu lugar de conforto. Esta terceira tentativa de rever a LOBOFA e bem assim, legislação a montante (Lei da Defesa Nacional )começou por cumprir o desejo de rapidamente, fechar a Arca que tinha sido aberta.

Apesar, de muitos e valiosos ensaios já escritos e de audiências a titulares superiores da Defesa Nacional feitas por Oficiais Generais que desempenharam altos cargos nas Estruturaras de Defesa e com um pensamento estratégico comum, não esquecendo ainda entrevistas aos vários órgãos de comunicação social, também eu, que um dia alguém deixar ficar para trás, não quero deixar de colaborar com todos aqueles que ultimamente tem tentado desmontar, por desnecessária, a proposta do MDN que seguiu a tramitação necessária e se encontra na Comissão de Defesa Nacional para a discussão na especialidade e onde estão a ser ouvidas as Chefias Militares (CEMGFA, CEMA, CEME e CEMFA) á porta fechada.

A proposta, já referida é centrada no CEMGFA, e atribui Comando Completo ao mesmo, ficando para os Ramos o apontamento das forças que lhe estão atribuídas. Daqui resulta que o Senhor Almirante CEMGFA que ainda tem o seu mandato válido por um período de mais do que um ano, pode bem fazer tudo o que as suas novas competências o permitem Sendo assim e debruçando-me sobre a Força Aérea, onde servi, e por ser o ramo que melhor conheço, preconizo que o Senhor General CEMFA, dos três Comandos Funcionais ficará só com O Comando Aéreo para aprontamento e treino das suas forças. O Comando Logístico e Administrativo, bem como o Comando de Pessoal, passam para a Estrutura Conjunta. Como bem se ensina nas Escolas Militares, um Comando desta natureza deverá ter um Estado Maior, órgão de staff, a que se designará de Estado Maior Conjunto o que, aglutinará os Estados Maiores dos Ramos.

Nesta senda, e ainda na Força Aérea, o respectivo Chefe de Estado Maior, além do Comando Aéreo ainda fica com a Banda de Música e com a Igreja, único Ramo que tem uma. Mas, com boa vontade, estas valências também podem passar para a Estrutura Conjunta. Três bandas são um desperdício; juntando os pífaros duma, os tambores de outra e ainda saxofones e os clarins da terceira pode se formarem a Banda Conjunta. Quanto á Igreja é só mudar o nome, em vez de Igreja da Força Aérea passará a ser a Igreja Conjunta.

Acresce, que o Senhor Almirante CEMGFA e como consequência do que já foi dito, ainda pode vir a ocupar terrenos férteis, á semelhança do acontecido com o Hospital da Força Aérea e reservar o uso de quatro estrelas só para seu uso pessoal.

Martins Rodrigues

Major General Piloto Aviador(Reforma)