Turismo Madeira

“Fizemos muita coisa durante o dia de hoje”, diz Eduardo Jesus

Secretaria Regional de Turismo e Cultura pressiona autoridades e agentes do turismo britânico para que seja atingida a “discriminação positiva”

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A Secretaria Regional de Turismo e Cultura reagiu à saída de Portugal, e suas regiões autónomas, da ‘lista verde’ do Reino Unido entrando em contacto com todas as autoridades competentes e agentes do turismo britânicos, para que haja também “pressão económica” para além da institucional, segundo Eduardo Jesus explicou ao DIÁRIO.

Reagimos entrando em contacto com o Sr. Ministro dos Transportes inglês, que foi quem anunciou esta decisão; pedimos a intervenção do Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros em Portugal; pedimos a intervenção do Ministério da Economia, através da Secretaria de Estado do Turismo; informámos o Sr. Embaixador de Portugal no Reino Unido para poder também, no seu âmbito de influência, deixar a sua opinião; contactámos o Sr. Embaixador de Inglaterra em Portugal. Fazendo também uso de toda a rede de contactos que temos na Associação de Promoção da Madeira, deixámos de viva-voz toda esta nossa expressão de descontentamento e fundamentação para o nosso apelo de revisão desta decisão, junto de todos os operadores que trabalham o mercado inglês com a Madeira, para que seja também feita uma pressão económica, para além desta que é institucional e política e que se baseia, acima de tudo, nos critérios científicos que devem nortear estas tomadas de decisão. Eduardo Jesus, secretário Regional de Turismo e Cultura

Avançando que “fizemos muita coisa já durante o dia de hoje”, Eduardo Jesus garante que “temos insistentemente acompanhado este assunto e não vamos desistir até que faça eco, porque acreditamos que a Madeira tem razões para ser tratada de forma diferente, a tal discriminação positiva.”

Relembrando o conjunto de políticas públicas que têm sido adoptadas, e permitem que “a Madeira reúna todas as condições para se manter numa ‘lista verde’”, o secretário regional de Turismo e Cultura avança que a decisão tomada pelo governo britânico está “errada”. Não é só a Madeira que não compreende a saída de Portugal, e da Região, da ‘lista verde’, “como todos os outros destinos que conhecem e acompanham a evolução do destino.”

O governante reitera que “quando se olha para um território e se decide se está numa lista verde, amarela ou vermelha, é preciso olhar para os indicadores que são internacionalmente reconhecidos e que permitem essa qualificação”, atestando não existir “nenhuma fundamentação objectiva ou científica” para a decisão tomada.

“Achamos que é uma decisão que pecou por não ter sido atendida à realidade da nossa dimensão e, por isso mesmo, deve ser revista”, conclui o secretário Regional de Turismo e Cultura.