Madeira

Dina Letra diz que partido "não se dissolve" ao integrar coligações

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A nova coordenadora do BE/Madeira, Dina Letra, afirmou hoje que o partido "não se dissolve" por se unir a outras forças, como na coligação Confiança, que governa a Câmara Municipal do Funchal, sublinhando que mantém "identidade própria".

"Desenganem-se aqueles que pensam e dizem que o Bloco de Esquerda da Madeira apenas serve de amparo para as coligações para fazer frente à direita. Nada mais errado", disse.

Dina Letra é a nova coordenadora regional do Bloco de Esquerda

Com duas moções estratégicas encabeçadas por Dina Letra ('Recuperar o presente, ganhar o futuro') e Paulino Ascenção ('A Esquerda que resiste'), coube a vitória à actual vereadora da Câmara Municipal do Funchal

E reforçou: "Mantemos sempre os nossos objetivos e princípios, mas não podemos ignorar que, muitas vezes, a soma das partes é maior do que o todo e essa soma é que tem a força para fazer a mudança com confiança".

Dina Letra falava no encerramento da convenção antecipada do BE/Madeira, no Funchal, na qual a lista que encabeçava derrotou a do anterior coordenador, Paulino Ascensão, que se demitiu em maio, em desacordo com a intenção do partido de apoiar a recandidatura de Miguel Gouveia, da Coligação Confiança, à Câmara Municipal do Funchal.

"O Bloco tem identidade própria, não se dissolve quando se une a outras forças na defesa daquilo que considera imprescindível para a melhoria e a manutenção do bem-estar de todas e todos os cidadãos", afirmou a nova coordenadora.

Dina Letra, que é vereadora na Câmara Municipal do Funchal no executivo liderado pela Confiança (PS/BE/PDR/PAN/MPT/Nós, Cidadãos!), obteve 49 votos, ao passo que a lista encabeçada por Paulino Ascensão contou com 39 votos. Foram também registados três votos em branco e um nulo.

"O primeiro desafio começa já amanhã, com as eleições autárquicas que se aproximam", disse a nova coordenadora regional do BE, sublinhando que o objetivo do partido é estar perto das pessoas e procurar resolver os seus problemas.

E realçou: "É isso que julgamos ter acontecido com a coligação no Funchal. Nem tudo foi perfeito, nunca é, mas são mais os resultados positivos que nos unem na coligação Confiança, do que os negativos que podem criar cessações".