Madeira

UCAD apoiou evento no âmbito do Dia Internacional da Luta Contra o Uso e Tráfico Ilícito de Drogas

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A Direcção Regional da Saúde, através da Unidade Operacional de Intervenção em Comportamentos Aditivos e Dependências (UCAD), com o apoio da Casa do Povo de Machico, apoiou o evento “Os herdeiros da Lua de Joana”, que se realizou no Auditório do Fórum Machico com plateia lotada tendo em conta as limitações no número impostas pelas medidas de prevenção da covid-19.

O evento realizou-se no âmbito do Dia Internacional da Luta Contra o Uso e Tráfico Ilícito de Drogas, assinalado no passado sábado, 26 de Junho. Integrou a estreia da peça “Os herdeiros da lua de Joana” às 17 horas, seguindo-se um debate com os participantes, orientado por Nelson Carvalho.

A iniciativa teve como objectivo sensibilizar o público, sobretudo jovens e pais, para a problemática do consumo das substâncias ilícitas. O grupo Oficina de Teatro de Machico coordenado pela professora Lucinda Moreira, estreou-se em palco com a representação desta peça, que foi mote para despoletar a discussão de vários temas relacionados com o dia que se assinalou.

Nelson Carvalho, como director da UCAD, destacou a importância de prevenir os consumos de drogas na família, alertando para a responsabilidade parental. “Cuidado com os modelos de pais modernos que permitem que os filhos aos 13 anos frequentem ambientes nocturnos facilitando contactos precoces com drogas e com outros comportamentos de risco”, asseverou, para acrescentar: “Temos de ser um porto de abrigo para os filhos, incutir regras e responsabilidade”.

Foi enfatizada a importância de ter tempo para conversar e educar sobre estas temáticas, estar atento aos sinais de alerta e pedir ajuda quando surgem dificuldades ou problemas que não conseguem resolver no ambiente familiar. A este propósito, foi ouvido o testemunho de uma mãe que recorreu à ajuda de um profissional de saúde para que o seu filho conseguisse dar seguimento aos seus objectivos de vida.

No debate ficou também o desabafo de uma professora que expressou que “é cada vez mais difícil chegar aos alunos.” A profissional avançou que: “Não conseguimos nos actualizar a este ritmo. Os alunos têm acesso a muita informação que não sabem usar da melhor forma”.

Foram também ouvidos os testemunhos de alguns jovens actores que integraram este elenco e falaram sobre a experiência de dar vida aos personagens e explorar as problemáticas abordadas. Ficou a expectativa de conseguir replicar esta peça noutros locais, alargando assim a intervenção a outros públicos.