Euro2020 Desporto

Treinador com culpas na falha colectiva

Sete jornalistas do DIÁRIO dão notas aos desempenhos da selecção nacional no jogo frente à Alemanha

None

Conheça os mais e menos de Portugal

Neste Euro, após os jogos de Portugal sete jornalistas do DIÁRIO dão nota 'Mais' e 'Menos' ao desempenho da selecção nacional.

No jogo de má memória frente à Alemanha, eis as avaliações feitas por Cátia Teles, Ricardo Duarte Freitas, Jorge Freitas Sousa, Pedro Freitas Oliveira, Nélio Gomes, Paulo Vieira Lopes e Rúben Santos.

Cátia Teles

MAIS

Ar da nossa graça

O golo de Ronaldo, aos 15 minutos, fruto de uma jogada colectiva notável, com um passe sublime de Bernardo Silva, recepção e assistência de Diogo Jota, para finalização mortífera de CR7. Infelizmente, muito pouco para mostrar por parte dos campeões da Europa. Ainda assim, nota para a reacção dos jogadores lusos, que a perder por 4-1, perante a Alemanha (e não é uma equipa qualquer!), ainda terminaram o jogo a pressionar e fizeram a baliza de Neuer tremer, através de Renato Sanches (já merece a titularidade, não?).

MENOS

Defesa permeável

Os caminhos para a baliza de Rui Patrício não foram bem defendidos, especialmente pelo lado direito. Foi uma defesa muito permeável a que se apresentou, esta tarde, em Munique, sobretudo no lado direito. Teve momentos que mais parecia uma espécie de ‘auxiliar’ da Alemanha, face aos espaços dados ao adversário e até uma ajuda, ainda que involuntária, a marcar os golos que ditaram a derrota lusa.

Ricardo Duarte Freitas

MAIS

Jota, Renato e Ronaldo

Cristiano Ronaldo quebrou o enguiço e conseguiu marcar pela primeira vez à Alemanha, após passe de Jota que, mais uma vez, foi um quebra-cabeças para a defesa adversária. Mas o golo inaugural e contra a corrente do jogo não afectou a Mannschaft. Portugal só foi capaz de equilibrar o tabuleiro do meio-campo com a entrada de Renato Sanches que volta a reclamar a titularidade a Fernando Santos.

MENOS

Danilo, William e Semedo

A Alemanha identificou bem as fragilidades da selecção portuguesa e, para mal dos nossos pecados, Fernando Santos não surpreendeu no onze titular para este jogo. William Carvalho, Danilo Pereira e Nelson Semedo, em inúmeros momentos do jogo, foram ultrapassados pela pressão, velocidade e posicionamento dos alemães. Se foi assim em Munique, imagine-se com os franceses…

Jorge Freitas Sousa

MAIS

Renato Sanches e o 5-4

Numa equipa que esteve francamente mal é difícil escolher alguma coisa positiva, mas o jogador do Lille, que entrou ao intervalo acabou por ser o mais inconformado. Já tinha sido assim frente à Hungria. Outro dado positivo é o saldo de 5-4 em golos que pode ser útil num desempate para o apuramento.

MENOS

Fernando Santos

Preparou mal o jogo e prova disso é ter sofrido quatro golos e três serem quase fotocópias, apenas com a diferença de o terceiro ter sido mesmo marcado por um jogador da Alemanha. A equipa entrou com medo do adversário e quando assim é a responsabilidade tem de ser atribuída ao comandante.

Nélio Gomes

MAIS

Patrício, Pepe e Renato

Nomear algo de positivo na exibição de Portugal é quase tão difícil como igualar a teimosia de Fernando Santos. Confesso que estive tentado em escolher Gosens, apenas porque teve o condão de expor as lacunas tremendas, em termos tácticos, que a nossa selecção apresenta... esperando que esse 'contributo' do alemão sirva de lição para o engenheiro. 
Mas não. Por uma questão de justiça vou escolher aqueles que sobressaíram da mediocridade exibicional generalizada: Rui Patrício, que evitou que a derrota fosse mais dilatada, Pepe e Renato Sanches, um veterano e um jovem com mais vontade e discernimento que os outros todos juntos.

MENOS

Casmurrice do engenheiro

Manter Danilo e William lado a lado no meio-campo, depois do fiasco que se viu frente à Hungria, é o cúmulo da casmurrice. Pior ainda, quando se atropelam em funções e - pasme-se senhor engenheiro - nenhum deles é capaz de 'encostar' aos centrais e fazer com que os laterais não sejam obrigados a fechar no centro, deixando via rápida para que o adversário possa desequilibrar pelas alas. Mais: deixar Renato Sanches no banco, perante a falta de forma dos médios titulares e depois do exemplo do primeiro jogo, devia ser tipificado como crime lesa pátria.

Paulo Vieira Lopes

MAIS

A festa nas bancadas

Este Campeonato da Europa fica marcado pelo facto de haver festa, emoção e espectáculo nas bancadas. Queria que o ‘Mais’, deste jogo, fosse algo relacionado com a selecção portuguesa, mas, com a derrota por 2-4, fica difícil. Que seja ‘Mais’, muito ‘Mais’… com a França..

MENOS

Cada jogo… não é um jogo

Equipa que ganha não se mexe! Ehhhh!… Não é bem assim. E por não ser bem assim que Portugal perdeu, foi humilhado, e foi goleado. O onze que resultou no 3-0 à Hungria, não podia ser o mesmo diante de uma ‘fria’ e eficaz Alemanha e o resultado foi… 2-4. Que sirva de lição para o jogo com a França.

Pedro Freitas Oliveira

MAIS

Alguns momentos

Portugal apresentou bons momentos de futebol, mesmo perante um resultado negativo. O momento após o 1-0 mostrou uma equipa personalizada, consistente e capaz de fazer frente a qualquer adversário. Afinal, estamos a falar do Campeão da Europa em título. É Cristiano Ronaldo? Mais um golo e a importância do costume. Está lá quando é preciso e continua no topo do goleadores do Euro2020. Destaque também para Diogo Jota, com sentido de baliza e sem medo do um contra um, mesmo perante adversários desta exigência. Agora venha daí a França!

MENOS

Desconcentração

Dois momentos de desconcentração, ainda antes do intervalo, ajudam a explicar o desaire português diante da Alemanha. O início da segunda parte não mudou o rumo dos acontecimentos, com a Alemanha a trabalhar bem sobre os aspectos no qual Portugal apresentou maiores debilidades. A sorte - para quem acredita que ela existe no futebol - também não esteve do lado luso. Prova disso aquele remate de Renato Sanches ao poste, momento que podia ter colocado Portugal, nomeadamente, na discussão pelo resultado.

Rúben Santos

MAIS

Ronaldo outra vez

É pena ter de cumprir com aquilo que Fernando Santos define. CR7 teve de jogar num sistema montado para o contra-ataque e, mesmo marcando um golo, merecia mais. À parte das individualidades e dos recordes, é um verdadeiro líder e não gosta de perder. Esse dado é importante para uma selecção que joga para o empate.

MENOS

Volta Cancelo, estás recuperado

As jogadas que nos mataram nascem do lado esquerdo, mas morrem em falhas defensivas do lado direito. Serão os fantasmas alemães que ainda atormentam o lateral do Wolverhampton?