A Polícia Judiciária está de novo em vários serviços do Governo Regional com mandado de busca de documentação relativa ao concurso público internacional da operação ferry entre a Madeira e o continente.

O Vice-Presidente do Governo Regional, Pedro Calado, confirma ao DIÁRIO a operação em curso feita, uma vez mais, na sequência de denúncia anónima. Razão que o leva a lamentar a "instrumentalização da justiça com claras motivações políticas", sobretudo numa matéria devidamente autorizada pela União Europeia.

Pedro Calado garante que estão a ser prestadas  todas as informações nesta operação liderada por um Procurador vindo de Lisboa, mas repudia o facto que por cada acto de gestão do executivo madeirense surjam denúncias que obrigam a investigações judiciais.

Segundo o governante o concurso remonta a 2015 num processo que envolve várias nuances, tendo mesmo motivado uma série de audições parlamentares “Sobre as dúvidas na concessão de serviços públicos de transporte marítimo de passageiros e veículos, através de navio ferry entre a RAM e o continente português” e “Prestação de esclarecimentos sobre o funcionamento da linha marítima Madeira – Portugal Continental”.

A PJ também esteve nas instalações da ENM Ferries, tendo sido prestadas todas as informações relativas ao processo concursal que vigorou em 2018 e 2019, ano em que a empresa do Grupo Sousa rescindiu o contrato alegando que "depois de dois anos de prejuízos muito grandes",  não quer fazer o terceiro ano previsto no caderno de encargos.