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Défice e dívida com fortes subidas na zona euro e na UE em 2020

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O défice e a dívida pública aumentaram significativamente em 2020 em comparação com 2019, tanto na zona euro como na União Europeia (UE), como consequência da resposta à pandemia da covid-19, divulga hoje o Eurostat.

De acordo com o gabinete estatístico europeu, em 2020, o défice das administrações públicas em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) aumentou para 7,2% na zona euro, face a 0,6% no ano anterior, e na UE a subida foi de 0,5% em 2019 para 6,9% em 2020.

O peso da dívida em função do PIB aumentou na área do euro de 83,9% no final de 2019 para 98,0% no final de 2020, e na UE de 77,5% para 90,7%.

No ano passado, todos os Estados-membros apresentaram défices nas suas administrações públicas, com a Espanha no topo da tabela (-11,0%), seguida de Malta (-10,1%), Grécia (-9,7%), Itália (-9,1%), Bélgica (-9,4%), França e Roménia (-9,2% cada).

Todos os Estados-membros à exceção da Dinamarca (-1,1%) apresentaram um défice superior ao limite de 3% do PIB imposto pelas regras de Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC), que estão, em todo o caso, suspensas até final de 2022, devido aos esforços financeiros para combater a pandemia.

Portugal passou de um excedente de 0,1% do PIB em 2019 para um défice de 5,7% em 2020 e de uma dívida pública de 116,8% do PIB para 133,6%, mantendo-se a terceira maior da UE.

No que respeita à dívida pública face ao PIB, esta subiu em todos os Estados-membros em 2020, com as menores a serem registadas na Estónia (18,2%), no Luxemburgo (24,9%), na Bulgária (25,0%), na República Checa (38,1%) e na Suécia (39,9%).

Catorze Estados-membros apresentaram dívidas acima de 60% do PIB, com a Grécia à cabeça (205,6%), seguida da Itália (155,8%), Portugal (133,6%), Espanha (120,0%), Chipre (118,2%), França (115,7%) e Bélgica (114,1%).

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.046.134 mortos no mundo, resultantes de mais de 142,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.