Madeira

Rui Barreto admitiu sair do Governo mas fica porque tem a confiança do PSD e CDS

Foto Rui Silva/Aspress
Foto Rui Silva/Aspress

O líder do CDS, Rui Barreto, revelou, esta tarde, à saída da reunião da Comissão Política, que admitiu colocar o lugar de secretário da Economia à disposição do presidente do executivo na sequência da reportagem da SIC que expôs a entrega de 30 mil euros por parte do principal financiador do Chega a cinco dirigentes centristas madeirenses, mas que optou por continuar não só porque tem a “consciência tranquila” de quem não cometeu “nenhum crime ou ilicitude” como também por ter recebido a confiança política do parceiro da coligação governamental e dos pares do seu partido.

“Não cometi nenhum crime, não há financiamento ilícito, estou de consciência tranquila. Quando fui questionado [pela SIC], transmiti a quem tinha de transmitir imediatamente, ao senhor presidente do Governo, que é conhecedor de todos os factos e que manteve a confiança. Eu disponibilizei-me ao senhor presidente do Governo se houvesse algum acto ilegal ou mesmo legal que suscitasse alguma questão que beliscasse o Governo que estava à sua inteira disposição”, descreveu o líder do CDS-Madeira, que também destacou o voto de confiança aprovado hoje pela Comissão Política do seu partido.

De acordo com um comunicado enviado por este órgão, Rui Barreto "explicou à Comissão Política Regional, numa reunião solicitada por si, os contornos do empréstimo feito a diversos membros do partido e que acabaram por não terem sido utilizados e devolvidos ao então militante do CDS, na data acordada, na íntegra, reforçando estar de consciência tranquila".  Tais explicações "foram bem acolhidas pela Comissão Política do partido, tendo salientado o facto e a importância de nada daquilo que foi feito configurar uma ilegalidade, pelo que nada havia a esconder ou omitir".  Nesse sentido, Barreto esclareceu ainda à Comissão Política que "possui toda a documentação que comprova a legalidade dos actos praticados e que está totalmente disponível para, caso seja necessário, prestar todos os esclarecimentos junto das autoridades judiciais, de forma a eliminar qualquer tipo de suspeição de qualquer prática ilícita ou não autorizada, lembrando ainda que não há qualquer acção ou investigação judicial mas apenas uma reportagem televisiva dúbia, com ligações forçadas a outras frentes partidárias e movimento extremistas, que nada acusa e apenas insinua".