Madeira

Jardim chamado ao tribunal há cinco anos para explicar dívida oculta

No Canal Memória de hoje recorde o que foi notícia a 9 de Março de 2016

None

Há precisamente cinco anos, o DIÁRIO revelava que o antigo presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, e o seu vice-presidente, João Cunha e Silva, tinham sido constituídos arguidos na fase de inquérito do processo ‘Cuba Livre’, relativo à ocultação de mais de 1.100 milhões de euros em dívidas nas contas do executivo madeirense.

Segundo a notícia, os dois ex-governantes estavam com termo de identidade e residência e notificados para serem ouvidos na qualidade de arguidos pela juíza Susana Mão de Ferro, a 20 de Abril.

Este processo teve por base um inquérito mandado instaurar a 28 de Setembro de 2011, pelo então procurador-geral Fernando Pinto Monteiro, e envolveu buscas e a apreensão de material e de documentação no edifício da extinta Secretaria Regional do Equipamento Social (Campo da Barca), além da audição de 40 testemunhas e da constituição de uma equipa técnica. Esse inquérito foi arquivado mas foi requerida instrução pelos dirigentes do PND Baltasar Aguiar, Gil Canha e pelo líder do JPP Filipe Sousa.

Quando se soube que Jardim seria arguido e ouvido pela juíza de instrução, o ex-presidente reagiu mal. “Como é que estas coisas são sabidas primeiro pelos jornais”, questionou, afirmando que havia neste processo “qualquer coisa de política” e uma tentativa de “instrumentalizar a justiça para fazer vinganças políticas”.

Recorde-se que o processo ‘Cuba Livre’ acabou por ser arquivado e que nenhum dos arguidos foi a julgamento.

Veja a primeira página e a notícia da edição de 9 de Março de 2016.