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Repórteres Sem Fronteiras desenvolvem aplicação "colete digital" para jornalistas

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Foto Shutterstock

Os Repórteres Sem Fronteiras (RSF) estão a desenvolver um projeto intitulado "colete digital", uma aplicação de geolocalização para 'smartphones' que visa minimizar os riscos que correm os jornalistas que trabalham no terreno em situações de perigo.

Num comunicado divulgado em Madrid, os RSF adiantam que a iniciativa, que tem como parceiro tecnológico a empresa TalentoMOBILE, conta com o apoio do Ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol na primeira fase do projeto.

O "colete digital" permitirá evitar que um jornalista entre numa zona de risco ou avisará que está em perigo, indicou o secretário-geral da secção espanhola dos RSF, Alfonso Bauluz, autor da ideia e que tem impulsionado a criação da ferramenta.

A aplicação estará disponível para qualquer repórter hispano falante que entre numa zona de conflito, embora também sirva para a cobertura de catástrofes, protestos, manifestações ou qualquer outra situação que pressuponha riscos para a sua integridade física.

O uso do "colete digital" poderá estender-se a cooperantes, ativistas dos direitos humanos e outros profissionais expostos a situações arriscadas por razões de trabalho.

No futuro, prevê-se que seja explorada a funcionalidade de resposta ao 'cyberbullying'.

A aplicação proporcionará ao jornalista três modos de proteção: dar-lhe a conhecer, de imediato, que se encontra numa zona de risco, um botão SOS para avisar quando está em perigo e dar, paralelamente, a sua localização, e antecipar um alerta quando se estiver perante a possibilidade de uma potencial exposição ao risco nas deslocações ao terreno.

A finalidade, segundo Bauluz, é dotar os profissionais de comunicação social em situações de risco de um sistema de segurança prático e eficiente, que incorpore a possibilidade das novas tecnologias.

"Ao proteger os jornalistas, defendemos da liberdade de informação, que é a missão da nossa organização", concluiu.

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