Palmas aos agricultores

O mundo já esteve à janela a bater palmas aos dedicados e incansáveis profissionais de saúde, diariamente há registo de justificados elogios a quem combate a Covid-19 e a pandemia. Tudo certo e compreendido mas, sem querer colocar em causa as merecidas homenagens, sinto que a população não tem idêntico comportamento para com outros heróis, também eles importantes nesta luta, como por exemplo aqueles que, literalmente, nos alimentam.

Apesar da natural perda de rendimentos, de todos os problemas que isso representa, das medidas de controlo da pandemia e dos estados de emergência, os nossos agricultores nunca pararam, nunca baixaram os braços e nunca deixaram de produzir.

Seria injusto não observar que há um reconhecimento generalizado pelo trabalho que os agricultores desenvolvem na terra, mas será que os comuns cidadãos, quando se deslocam às grandes superfícies comerciais, às mercearias ou às tradicionais barracas, com o intuito de encher ou compor as dispensas e os frigoríficos, se lembram de quem à chuva, vento, frio, sol e calor trabalha diariamente na terra para nos ajudar a colocar comer na mesa?

Desculpem a ousadia, mas para mim todos aqueles que trabalham nos sectores produtivos também merecem uma salva de palmas, bem como carinho e apoio, porque são também responsáveis pela nossa sobrevivência e existência.

Os agricultores têm sido excepcionais neste período de pandemia e souberam adaptar-se às contingências, dão garantias para o futuro, portanto, sugiro, quando encontrar um agricultor pelo caminho dê-lhe um abraço e agradeça. São tão importantes quanto os profissionais de saúde. Compre regional, compre Madeira. Apoie aquilo que é nosso, aquilo que é de todos.

Emanuel Camacho

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