Madeira

Alberto João Jardim entrega proposta para adiar directas para depois das legislativas

O Conselho Nacional do PSD está reunido em Aveiro para decidir calendário eleitoral interno.

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Rui Manuel Fonseca / Global Imagens

Alberto João Jardim, militante histórico do PSD e ex-presidente do Governo Regional da Madeira manifestou-se hoje contra a realização de eleições para a liderança do partido antes das legislativas de 30 de Janeiro e indicou que apresentou uma proposta nesse sentido no Conselho Nacional.

"Não deve haver eleições internas antes das eleições gerais", afirmou, em declarações à RTP, à entrada para a reunião do Conselho Nacional do partido, em Aveiro.

Questionado sobre o que pensa das propostas de Rui Rio e Paulo Rangel, candidatos à liderança, para antecipar as eleições diretas no PSD, o ex-presidente do Governo Regional da Madeira respondeu: "Acho que está tudo errado".

Jardim afirmou ainda que não se deixa influenciar "por grupos" e que fez já chegar uma proposta ao Conselho Nacional, sem avançar mais detalhes.

O atual presidente do PSD, Rui Rio, afirmou hoje que vai propor a antecipação das eleições diretas no PSD para 20 de novembro, com posterior congresso em 11 e 12 de dezembro.

Por sua vez, Paulo Rangel admitiu a antecipação das eleições internas do partido para 27 de novembro, mas afirmou que a data proposta por Rui Rio, de 20 de novembro, "não chega" para cumprir os direitos dos militantes.

O Conselho Nacional do PSD reúne-se hoje para fazer a análise da situação política, quando já estão marcadas legislativas para 30 de janeiro, e poderá alterar todo ou parte do seu calendário eleitoral interno.

Na última reunião do órgão máximo do partido entre Congressos, há cerca de três semanas, as eleições diretas foram marcadas para 04 de dezembro e o Congresso para 14, 15 e 16 de janeiro, tendo-se apresentado como candidatos à liderança do PSD desde essa data o eurodeputado Paulo Rangel e o atual presidente, Rui Rio.

O calendário aprovado tinha sido inicialmente proposto pela direção, mas, na véspera do Conselho Nacional e após alertas do Presidente da República de que poderia haver uma crise política, Rio apelou à suspensão da disputa interna até se esclarecer se o Orçamento do Estado era ou não aprovado. A proposta acabaria rejeitada com 71 votos contra, 40 a favor e 4 abstenções.