Madeira

“A sorte dá muito trabalho”

A designer de interiores Nini Andrade Silva e o escultor Ricardo Veloza foram os dois primeiros oradores do ‘Madeira 7 Talks’

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Nini Andrade Silva, a conceituada designer de interiores, e o escultor Ricardo Veloza, foram os dois primeiros oradores da edição 2021 do ‘Madeira 7 Talks’.

Uma conversa com a inevitável participação do desconcertante António Barroso Cruz, onde se falou de clássicos, de estátuas, e de distinções, entre outros temas.

Ricardo Veloza abriu a conversa com um rasgado elogio a Nini. Se o Bugati é o topo dos carros clássícos, para Ricardo Veloza a Nini é o topo dos designers. Em resposta ficou-se a saber que Veloz foi professor de Nini. “Era o homem mais lindo do Liceu (Jaime Moniz)”, revelou.

Na conversa de meia hora, para Nini “o mundo sem as pessoas não tinha graça nenhuma. É tão bonito sermos diferentes uns dos outros”, sublinhou.

À beira dos 60 anos – completa em Junho de 2022 – Nini prometeu comemorar mais uma década de vida com uma grande festa. “Está tudo convidado. Vai ser um grande festão”, disse porante a preenchida plateia.

A conversa também abordou as esculturas de Ricardo Veloza e inevitavelmente “as miudezas do Ronaldo” na estátua colocada defronte do Museu CR7.

Apaixonado por arte pública, o escultor confessou ter particular paixão pela estátua ‘do enforcado’, na rotunda da ASSICOM

Nini Andrade Silva é uma das mais prestigiadas ‘designers’ de interiores do mundo. Nascida no Funchal, Nini formou-se em Design no Instituto de Artes Visuais Design e Marketing (IADE) em Lisboa, tendo prosseguido em simultâneo o seu percurso académico e profissional no estrangeiro, onde estudou e trabalhou em Nova Iorque, Londres, Paris, África do Sul, Colômbia e Dinamarca. Com um trabalho de elevado reconhecimento nacional e internacional, Nini Andrade Silva tem levado o nome de Portugal aos quatro cantos do mundo, sendo a mente criativa por detrás de múltiplos hotéis de indiscutível prestígio. Contando com uma impressionante obra além-fronteiras, Nini viu por diversas vezes o seu trabalho ser distinguido por variadas instituições, bem como tornar-se presença assídua em prestigiadas publicações de todo o Mundo, tais como por exemplo o ‘The New York Times’, ‘Financial Times’, ‘El Pais’, ‘Wallpaper’, ‘Condé Nast Traveller’, ‘Sleeper Magazine’, ‘Harrods Magazine’, ‘Architectural Digest Magazine’, ‘Andrew Martin’s World Leading Guides’, ‘Condé Nast Travel Guide’, entre tantas outras. Paralelamente à sua reconhecida carreira na área da arquitectura e ‘design’ de interiores, Nini é também autora de diferentes linhas de mobiliário de interior e exterior e, da versatilidade da sua obra, destaca-se ainda a sua grande paixão pela pintura, estando a sua obra presente em importantes colecções e museus de arte contemporânea mundiais, nomeadamente na Irlanda e em Nova Iorque. Em 2011, no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, Nini Andrade Silva foi distinguida pelo Governo Português com a Título Honorífico da Grande Ordem do Infante Dom Henrique, Grau de Oficial, pelos feitos alcançados em nome de Portugal, no país e no estrangeiro.

Ricardo Veloza nasceu no Rio de Janeiro, no Brasil, em 1947. Licenciado em Escultura pela Academia de Belas Artes da Madeira, foi professor no Instituto Superior de Artes Plásticas da Madeira. Entre os vários cargos públicos que ocupou ao serviço da Região Autónoma da Madeira contam-se o de presidente do instituto do Bordado, Tapeçaria e Artesanato da Madeira, director regional dos Assuntos Culturais e responsável pelo Centro das Artes ‘Casa das Mudas’. É também conhecido pelo facto de ser o autor de diversas obras de esculturas, entre as quais se destacam ‘Cristóvão Colombo’, ‘Porto Santo’, ‘Autonomia da Madeira’, ‘Revolta da Madeira em 1931’ ‘Trabalhador’, ‘Carreiros do Monte’, ‘Turista’, ‘Cristiano Ronaldo’, ‘Combatente Madeirense no Ultramar’ e ‘Anjo Caído’, todas elas localizadas no Funchal. É amplamente respeitado como um grande impulsionador das artes e uma pessoa que sempre esteve à frente do seu tempo. Em reconhecimento do seu contributo singular para as artes, foi condecorado com a Ordem do Infante Dom Henrique pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa.