Madeira

Rácios de crédito vencido das famílias e das sociedades não financeiras diminuíram

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Segundo a Direcção Regional de Estatísticas, baseando-se em dados disponibilizados pelo Banco de Portugal, no final do 3.º trimestre de 2021, "o saldo do volume de empréstimos concedidos a sociedades não financeiras (SNF) era de 2,1 mil milhões de euros, mais 183,8 milhões de euros que no final de Setembro de 2020 e mais 95,9 milhões que em Junho de 2021. Este é o valor mais elevado desde Novembro de 2016".

Segundo a mesma fonte, "o rácio de crédito vencido deste tipo de sociedades diminuiu 0,3 pontos percentuais (p.p.) face ao final do trimestre anterior, fixando-se nos 1,9% no final do período de referência, sendo que, comparativamente ao trimestre homólogo, houve uma redução de 4,4 p.p.".

"Note-se ainda que este rácio é o mais baixo desde Março de 2009. A nível nacional, o rácio de crédito vencido também decresceu 0,3 p.p. face ao trimestre anterior e 1,4 p.p. em termos homólogos, não ultrapassando os 2,6% no final do 3.º trimestre de 2021. É de salientar que o rácio regional se mantém abaixo do nacional há quatro meses consecutivos. O montante de crédito malparado no âmbito das sociedades não financeiras com sede na Região situava-se, no período em referência, nos 40,0 milhões de euros (-3,3 milhões de euros que em Junho passado e -79,7 milhões de euros face a setembro do ano anterior)", sustentou.

Adianta ainda que "a percentagem de devedores do sector das SNF com empréstimos vencidos no final de Setembro de 2021 era de 14,3%, sendo que este indicador se mantém abaixo da média nacional (15,3% no mesmo período) desde Julho de 2020".

Acrescenta que "no sector das famílias e das Instituições sem Fins Lucrativos ao Serviço das Famílias (ISFLSF) assistiu-se a um aumento de 46,4 milhões de euros em termos homólogos no saldo dos empréstimos concedidos, cifrando-se este nos 3,2 mil milhões de euros, no final do 3.º trimestre de 2021".

"Quando comparado o saldo com o do trimestre precedente observa-se igualmente um aumento de cerca de 35,8 milhões de euros. Se se detalhar a análise, verifica-se que 66,5% daquele saldo era referente ao segmento da habitação e os 33,5% restantes ao consumo e outros fins", sustenta.

Relativamente aos empréstimos vencidos no segmento da habitação, revela que "os mesmos não ultrapassavam os 14,4 milhões de euros, representando um rácio de empréstimos vencidos de 0,7%, mantendo-se deste modo o mínimo histórico face à serie disponível, que se inicia em Março de 2009, já observado no final do trimestre precedente. Esta percentagem está ligeiramente acima do valor nacional (0,5%)".

"Entre Setembro de 2020 e Setembro de 2021, o rácio de empréstimos vencidos da habitação reduziu-se em 0,1 pontos percentuais na Região", acrescenta.

Por fim, adianta que "o número de devedores do sector institucional famílias e ISFLSF cresceu face ao trimestre anterior para os 100,1 mil, sendo que estavam contabilizados, no 3.º trimestre de 2021, cerca de 44,3 mil devedores com crédito à habitação e 83,4 mil com crédito para consumo e outros fins".