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YouTube oculta contagem dos 'não gostos' mas mantém botão na plataforma

Foto Sutipond Somnam/Shutterstock.com
Foto Sutipond Somnam/Shutterstock.com

A plataforma de vídeos YouTube vai deixar de ter visível o número de 'não gostos', embora o botão não desapareça, alteração que está a ser aplicada gradualmente desde quarta-feira e que pretende proteger os criadores de conteúdo contra assédios.

A decisão da empresa surge após uma experiência realizada há alguns meses com esta funcionalidade para perceber se as alterações podem ajudar a proteger da melhor forma os criadores de conteúdos contra "o assédio" e a "reduzir os ataques que alguns utilizadores organizam para aumentar o número de 'não gostos' em determinados vídeos".

Nesta experiência, a rede social 'escondeu' este botão, embora os utilizadores pudessem continuar a ver e usar a funcionalidade.

O YouTube observou que, como não estava visível o número de 'não gostos', o botão foi menos usado.

"Detetámos uma diminuição na utilização desse botão com a intenção de atacar um 'youtuber'", pode ler-se numa publicação no blogue oficial da Google, detentora da plataforma.

A rede social recebeu ainda comentários de pequenos criadores de conteúdos, ou recém chegados, a revelarem que eram vitimas de "aqueles comportamentos injustamente" e que os dados da experiência "confirmaram que, de facto, este tipo de práticas afeta estes canais em maior dimensão".

Os criadores de conteúdos podem continuar a ver o número exato de 'não gostos' através do YouTube Studio, juntamente com outras estatísticas sobre o desempenho da sua publicação.

Já os utilizadores podem continuar a usar o botão para, entre outras coisas, indicarem aos criadores o que acharam de um vídeo em particular.

"Estamos cientes que talvez nem todos os utilizadores concordam com esta medida, mas acreditamos que esta vai beneficiar a plataforma como um todo", destaca ainda a empresa.

O YouTube pretende criar "um espaço inclusivo e respeitoso onde os criadores tenham a oportunidade de prosperar e de se sentirem confiantes para expressarem as suas ideias".

"Este é apenas um dos muitos passos que estamos a tomar para continuar a proteger os criadores de assédio", concluiu.