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Aproximação Europa-África é um "imperativo"

Foto DR
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O vice-presidente do Banco Europeu de Investimento, Ricardo Mourinho Félix, considerou hoje que, num contexto de crise global provocada pela covid-19, a que juntam os efeitos das mudanças climáticas, a aproximação Europa-África é um "imperativo".

O antigo secretário de Estado Adjunto e das Finanças português defendeu que "tem de haver um diálogo político" entre os dois continentes para "encorajar projetos geradores de riqueza, porque "o investimento privado é a chave" para o sucesso dos dois blocos, sublinhou.

Ricardo Mourinho Félix, que falava na 4.ª edição do Fórum Europa África, que começou hoje em formato digital e se prolonga até sexta-feira, considerou, num contexto de crise provocado pela pandemia, de exigências das mudanças climáticas, tem de haver uma coordenação global diferente.

Neste contexto, a Europa e a África podem ser parceiros únicos, realçando que o continente africano já tem um acordo de livre comércio, que pode ajudar a potenciar a recuperação económica dos dois blocos, pós-pandemia.

Assim, salientou a importância de uma parceria estratégica, que permita ajudar ao desenvolvimento de África e com benefícios para a Europa em termos de recuperação económica.

Assim, apontou várias áreas onde o investimento privado é a chave para a criação de riqueza e de emprego, entre elas a da digitalização.

"A digitalização no continente africano, permite a criação e empregos para milhões de jovens africanos que procuram uma entrada no mercado de trabalho", salientou.

Referindo-se à pandemia, Mourinho Félix realçou a importância da equidade no acesso à vacina contra a covid-19.

"A vacina é uma prioridade" para a recuperação económica, afirmou.

O antigo secretário de Estado considera que existe em África "um forte potencial" de crescimento e que um reforço da cooperação e de "relações estratégicas" com a Europa pode levar os dois continentes muito longe.

O Conselho da Diáspora Portuguesa, uma rede mundial portuguesa fundada em 2012 e cujo principal objetivo é a valorização da marca, imagem e reputação de Portugal, conta já com 90 conselheiros, que trabalham em diferentes campos, desde a cultura à economia, passando pela cidadania e ciência.

Estes conselheiros estão espalhados por 27 países, 47 cidades e cinco continentes.

O tema deste ano do Fórum é "Getting Along -- New Paths for Cooperation between the Twin Continents".

O debate vai centrar-se na cooperação entre Europa e África, e nas relações económicas entre os dois continentes.

A agenda do Fórum Europa África inclui sete painéis: Perspetivas sobre Economia para a Europa e África após o Acordo de Comércio Livre; Trabalho Digital e Plataformas e Tecnologias Digitais; A Revolução da ID Digital; Abrir caminho para o crescimento verde e transições inclusivas; Cultura e Mercado; Media e Digitalização.

Entre os oradores estão empresários, ativistas, líderes, decisores públicos e privados, e outros agentes que deram o seu contributo para o diálogo entre a África e a Europa.