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Por enquanto o planeta é nosso!

A negligência, a ignorância, a irreverência e a incompetência, não podem ter lugar no mundo

E nquanto forem promovidas emigrações livres, ilegais, entre países ou entre continentes, fácilmente justificadas por desiquilíbrios sociais, perseguições, pobreza extrema, ou outras razões fracturantes, se não houver um controlo activo e individual pelos países receptores, estarão todos esses países, sujeitos a vulnerabilidades, conflitos, perigosidade acrescida, até manobras atentatórias contra a vida humana, pelo clima de precaridade desenvolvida, sem a respectiva programação.

- Enquanto existirem déficits e/ou desperdícios, nos consumos alimentares, no vestuário, no apoio social, na habitação e na solidariedade institucional, irá acontecer e irá desenvolver-se o pequeno crime, a desintegração familiar, o recrudescimento dos chamados “sem abrigo”, com repercussões pequenas ou grandes, dependendo do controlo e fiscalização desta disfunção social.

- Enquanto estiverem a funcionar organismos sanitários internacionais, para controlar esse bem público e mundial, que é a saúde humana, sem haver autoridade, nem fiscalização efectiva, com deficiente actuação, ficaremos sempre sujeitos ... “ad aeternum” - no mundo inteiro - a todo o tipo de propagação de doenças, virais ou de outra natureza, capazes de progredir em dimensões ilimitadas, resultando numa destruíção massiça de pessoas e bens.

- Enquanto existirem países com regimes políticos, religiões, hábitos e costumes, desconexos das realidades da vida social do resto do mundo, ultrapassando e violando os padrões normais duma qualquer sociedade democrática organizada, irão resultar seguramente, movimentos espontâneos, apoiados, clandestinos, armados, dedicados a praticar actos de violência extrema, com destruição generalizada, contra populações indefesas, de forma arbitrária, com um pressuposto de defesa de um ideal ou de uma “bandeira” relacionada com sentimentos religiosos muito extremados.

- Enquanto houverem sociedades organizadas, que ainda atiram “beatas” para o chão, nas cidades, nas vilas, nos meios rurais, nas montanhas, ficaremos sempre sujeitos aos acidentes desencadeantes de incêndios, resultando a devastação nos espaços habitacionais, nas florestas ou nas zonas agrícolas, com vasta destruíção de património ... provocado por um simples, “inocente” e pontual comportamento de risco.

- Enquando estiverem carros, meios-carros e motorizadas, estacionados em cima dos passeios públicos, fazendo derivar os transeuntes para o alcatrão das estradas, ... com o carrinho do bébé, se for o caso disso,... seremos sempre os campeões europeus, dos acidentes rodoviários, dos atropelamentos, muito á custa duma inércia municipal e de uma abstenção na fiscalização, patente do sul ao norte do país ... e com muita pena nossa, também nas ilhas adjacentes.

- Enquanto não olharmos para estes exemplos das tristes imagens do nosso mundo, nos continentes, nos países, nas cidades, nas vilas e nos bairros - cada qual com a sua dimensão - enquanto não os identificarmos, não os catalogarmos nas suas prioridades, nunca teremos soluções e não vale mesmo a pena se preocuparem com os plásticos, os animais errantes, o desaparecimento de espécies, animais ou vegetais, terrestres ou marinhas, com o aquecimento global, enfim com a saúde íntima do planeta.

É o nosso planeta! Assim, é integralmente um problema nosso! Não podemos resolver tudo de uma vez? Talvez não, mas, se cada um fizer a sua parte - a parte que lhe compete - será mais fácil e será possível! Quanto tempo leva para colocar o planeta no caminho certo? Depende dos seus habitantes e da sua vontade e colaboração! Agora, uma coisa é certa: a condescendência, a negligência, a ignorância, a irreverência e a incompetência, não podem ter lugar no mundo onde vivemos! Este é ainda o nosso planeta!

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